Práticas educativas de âmbito coletivo em Unidades de Saúde da Família (USF): saberes e fazeres

Revista de Educação Popular

Endereço:
Avenida João Naves de Ávila, 2121 - Reitoria - 1º andar - Santa Mônica
Uberlândia / MG
38408144
Site: http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop
Telefone: (34) 3239-4870
ISSN: 1982-7660
Editor Chefe: Regina Nascimento Silva
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

Práticas educativas de âmbito coletivo em Unidades de Saúde da Família (USF): saberes e fazeres

Ano: 2017 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Claudia Suely Barreto Ferreira, Maria José Bistafa Pereira
Autor Correspondente: Claudia Suely Barreto Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: Educação em Saúde, Singularidades, Saúde da Família

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo discute os saberes e fazeres correlacionados às práticas educativas em saúde, realizadas em Unidades de Saúde da Família (USF), no município de Feira de Santana, Bahia, a partir da perspectiva dos profissionais de saúde que as realizam, além de analisar a relação teoria-prática dessas atividades educativas com ênfase na dimensão da singularidade e da inserção sociocultural dos sujeitos envolvidos. Possui abordagem qualitativa, com características exploratórias e descritivas. Apesar dos profissionais afirmarem que a educação em saúde emancipatória é a que se adequa às atividades educativas em âmbito coletivo, a prática efetivada na Estratégia Saúde da Família (ESF), no município, não ocorre nessa perspectiva. Os motivos destacados pelos sujeitos participantes foram: desinteresse de algumas categorias profissionais na participação dessas atividades, centralização e verticalização das práticas educativas, conduzidas exclusivamente pelos profissionais de saúde, e, ainda, conduta da Secretaria Municipal de Saúde, que favorece a verticalização e centralização. A fragmentação evidenciada nas práticas educativas em saúde nas equipes tem potencial para ser transformada com recursos que possibilitem a trabalhadores e participantes estabelecerem um diálogo marcado pela mediação do conhecimento e pela incorporação de saberes acumulados e culturais, integrados às práticas educativas cotidianas, em uma perspectiva de produzir práxis dialógicas e autonomizadoras.



Resumo Inglês:

This article discusses the knowledge and practices related to educational practices in healthcare performed at Family Health Units in the city of Feira de Santana, State of Bahia, Brazil, from the perspective of health care professionals who perform those tasks as well as carrying out an analysis of the relationship between theory-practice in those educational activities with emphasis on the dimension of singularity and sociocultural integration of the subjects involved. It has a qualitative approach with exploratory and descriptive characteristics. Although health professionals claim that emancipatory education in health is the one that suits the educational activities in a community-based setting, the practice carried out in the Family Health Strategy in the municipality does not reflect that perspective. The reasons for this as pointed out by the participating subjects were: lack of interest in some professional categories to participate in these activities, centralization and vertical integration of educational practices, which are conducted exclusively by health care professionals, besides the Municipal Health Department policy, which favors vertical integration and centralization. The evident fragmentation in educational health practices found in the teams has the potential to be transformed with the use of resources that will enable workers and participants to establish a dialogue marked by knowledge brokerage and the incorporation of retained and cultural knowledge, integrated into everyday educational practices, with the possibility of producing dialogic praxis and autonomizers.