POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O CONTEXTO SOCIAL

Ano: 2010 | Volume: 2 | Número: 1

Autores: Tatiana Machiavelli Carmo Souza; Cirlene Aparecida Hilário da Silva Oliveira

Palavras-chave: política educacional, educação, neoliberalismo. capitalismo

Resumo Português:

A educação configura-se como uma dimensão básica e necessária da vida individual e coletiva, uma vez que ao assimilar e reproduzir um dado modo de existir, o ser humano concretiza uma visão de homem/mundo. Espera-se que, por meio da educação, o ser humano desenvolva condições pessoais para engajar-se ao grupo que pertence, isto é, esteja preparado para a participação na vida social e no trabalho. Entretanto, a lógica capitalista impulsiona a dinâmica de exploração do ser humano. O reflexo do contexto neoliberal incide diretamente nas políticas educacionais e, consequentemente, nos tipos de indivíduos que estão sendo formados nas salas de aula. A atuação do Banco Mundial ganha significação quando avalia-se as configurações do atual panorama educacional brasileiro, uma vez que percebe-se como os apontamentos do banco se materializam nas instituições educacionais. Mais do que assistir o setor educacional brasileiro, por meio de cooperação técnica e financeira, o Banco Mundial, nas últimas décadas, passou a elaborar políticas para a educação. É na relação entre conhecimento e capital que o Banco Mundial se impõe, determinando as diretrizes ao sistema educacional, em especial no contexto brasileiro. Essas determinações se fazem necessárias a fim de manter o sistema capitalista e a exploração do trabalho humano. Os argumentos utilizados pelo banco se justificam no desenvolvimento de estratégias para o alívio da pobreza e promoção de níveis de vida mais humanos. Dessa forma, a educação não deve nortear-se pela lógica mercantil, sendo instrumento de perpetuação, reprodução e manutenção do capitalismo; mas sim, mecanismo de possibilite o desenvolvimento e emancipação do homem.

Resumo Inglês:

The education is configured as a necessary and basic dimension of the
individual and collective life – in this sense, by assimilating and reproducing a certain
way of being, the human being materializes a view of man and world. It is expected that,
through the education, the human being develops personal conditions to the
engagement to the group to which he belongs, that is, in a way that he is prepared for
the participation in the work and social life. However, the capitalist logic stimulates the
dynamics of exploration of the human being. The consequence of the neoliberal context
influences directly in the educational policies and in the types of individuals that have
been formed in the classrooms. Since it is perceived how the appointments of the World
Bank have been materialized in the educational institutions, the performance of the
Banlk acquires meaning when it is evaluated the configurations of the current Brazilian
educational panorama. More than assisting the Brazilian educational sector in the
technical and financial cooperation, the World Bank in the last few decades has started
elaborating politicies for education. It is in the relation between knowledge and capital
that the World Bank imposes itself, determining the lines of direction to the educational
system, in special in the Brazilian context. These determinations are necessary in order
to keep the capitalist system and the exploration of the human work. The arguments
used for the bank justify in the development of strategies for the relief of the poverty and
promotion of human levels of life. Of this form, the education does not have to be guided
by the mercantile logic as an instrument of perpetuation, reproduction, and maintenance
of the capitalism; but as a mechanism that makes possible the development and
emancipation of man.