PERSPECTIVAS GLOBAIS SOBRE E-LIXO
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PERSPECTIVAS GLOBAIS SOBRE E-LIXO
Autor Correspondente: Rolf Widmer | [email protected]
Palavras-chave: reee, iniciativas de e-lixo, movimento transfronteiriço de lixo eletrônico, metodologia de avaliação e-lixo, estendida a responsabilidade do produtor, gestão de resÃduos, setor informal
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O lixo eletrônico, resÃduo eletrônico ou e-lixo, é um problema emergente que
proporciona uma crescente oportunidade de negócios, dada a quantidade de e-lixo
que é gerada e o conteúdo de materiais tóxicos e valiosos presentes nesse tipo de
resÃduo. No lixo eletrônico, a fração que corresponde a ferro, cobre, alumÃnio, ouro e
outros metais é de mais de 60%, enquanto os poluentes correspondem a 2,70%. Dada
a elevada toxicidade desses poluentes, especialmente quando queimados ou
reciclados em ambientes não controlados, a Convenção da Basileia identificou e-lixo
como perigoso, e desenvolveu um quadro para o controle da transferência
transfronteiras desses resÃduos. A "Proibição de Basileiaâ€, uma emenda à Convenção
da Basileia que ainda não entrou em vigor, irá um pouco mais além, proibindo a
exportação do lixo eletrônico de paÃses desenvolvidos para os paÃses em
desenvolvimento.
A seção 1 deste artigo dá aos leitores uma visão geral sobre os diferentes
aspectos do lixo eletrônico - como é definido, do que é composto e que métodos
podem ser aplicados para fazer uma estimativa da quantidade de lixo eletrônico
gerado. Considerando apenas os PCs em uso, segundo uma estimativa, pelo menos
100 milhões de PCs tornaram-se obsoletos em 2004. Não surpreendentemente, os
ResÃduos de Equipamentos Eletro Eletrônicos (REEE) já representam hoje 8% dos
resÃduos urbanos e é uma das frações de resÃduos que mais crescem.
A seção 2 fornece informações sobre a legislação e as iniciativas destinadas a
ajudar na gestão da crescente quantidade de lixo eletrônico. A responsabilidade
alargada do produtor (Extended Producer Responsibility - EPR) está sendo propagada
como um novo paradigma na gestão de resÃduos.
A Diretiva WEEE da União Europeia, que entrou em vigor em Agosto de 2004,
estipula que os fabricantes e importadores dos paÃses da UE recolham os produtos que já
foram utilizados pelos consumidores para garantir uma eliminação adequada.
A gestão dos REEE em paÃses em desenvolvimento tem suas próprias
caracterÃsticas e problemas e, portanto, esse documento identifica alguns dos problemas
especÃficos que esses paÃses enfrentam. O processo arriscado de extração de cobre a partir
de placas de circuito impresso é discutido como um exemplo para ilustrar os perigos da
indústria de reciclagem de lixo eletrônico na Ãndia.
O programa de Parceria de Conhecimento dos REEE, financiado pela SECO
(Secretaria de Estado SuÃço para Assuntos Econômicos) e implementado pelo Empa
desenvolveu uma metodologia para avaliar a situação atual a fim de compreender melhor
as oportunidades e riscos em zonas urbanas de três paÃses: Beijing - China, Deli - Ãndia e
Joanesburgo - Ãfrica do Sul. Os três paÃses são comparados através da utilização de um
sistema indicador de avaliação, que leve em conta o quadro estrutural e o sistema de
reciclagem, com os seus vários impactos, de cada zona urbana. Três pontos fundamentais
surgiram a partir da avaliação até o presente momento: a) reciclagem de lixo eletrônico
tem se desenvolvido em todos os paÃses como uma atividade comercial, b) na China e
Ãndia é baseada em pequenas e médias empresas (PME) no setor informal e na Ãfrica do
Sul no setor formal, e c) cada um dos paises está tentando superar as deficiências dos
sistemas atuais desenvolvendo estratégias para melhoria.
Palavras-chave: REEE; iniciativas de E-lixo; movimento transfronteiriço de lixo
eletrônico; metodologia de avaliação E-lixo; estendida a responsabilidade do produtor, a
gestão de resÃduos; setor informal.