Percepções da comunidade escolar sobre os professores homens na Educação Infantil

Ano: 2012 | Volume: 9 | Número: 12

Autores: Joaquim Ramos, Maria do Carmo Xavier

Palavras-chave: homens na educação infantil, comunidade escolar e masculinidades

Resumo Português:

No Brasil, a Educação Infantil é percebida, de maneira quase natural, como um espaço de atuação docente de mulheres. Se nos outros níveis e modalidades educativos não há interdição para o ingresso de docentes do sexo masculino, na Educação Infantil, espaço em que o binômio educar e cuidar é indissociável, essa entrada é explicitamente demarcada por ressalvas, desconfianças e preconceitos. Assim, a proposta com este artigo – parte de dissertação de mestrado – é tecer algumas considerações e colocar em evidência as percepções da comunidade escolar sobre a entrada desses sujeitos em cena. Para tanto, foram utilizados grupos de discussão e entrevistas para estabelecer a interlocução com as trabalhadoras em educação da Rede Municipal de Belo Horizonte e com as famílias de crianças matriculadas em instituições de Educação Infantil onde há a presença de homens na docência.

Resumo Inglês:

In Brazil, early childhood education is almost naturally perceived as a place predominantly occupied by women. Although there are no bans on the entry of male teachers at the other educational levels and modalities, when it comes to early childhood education, in which educating and taking care of young children is inseparable, this entry is explicitly demarcated by caveats, mistrust, and prejudice. The purpose of this article – part of a master’s dissertation – is to weave together a few considerations and highlight the school community’s perceptions on the entry of these subjects. Discussion groups and interviews were used to establish a dialogue with the education professionals in the Belo Horizonte Municipal Schools and the families of children enrolled in early childhood education institutions in which men make up part of the faculty.

Resumo Francês:

Au Brésil, l’éducation élémentaire est perçue, d’une manière presque naturelle, comme un espace de performance pour les femmes enseignants. Si dans les autres niveaux et modalités éducatives il n’y a aucune interdiction à l’entrée d’enseignants masculins, dans l’éducation de la petite enfance, espace dans lequel le binôme éducation et la garde des enfants est indissociable, cette entrée est explicitement délimitée par mises en garde, la méfiance et les préjugés. Ainsi, la proposition de cet article – une partie de dissertation du master – est d’apporter quelques considérations et de mettre en évidence les perceptions de la communauté scolaire sur l’entrée de ces sujets sur la scène. Par conséquence, nous avons utilisés des groupes de discussion et des enterviews pour établir un dialogue avec les travailleurs de l’éducation de la municipalité de Belo Horizonte et avec les familles des enfants inscrits dans des établissements d’éducation de la petite enfance où il y a la présence d’hommes dans l’enseignement.