Pela encarnação da sociologia da juventude

IARA

Endereço:
Centro Universitário Senac Santo Amaro Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, 823
São Paulo / SP
4696000
Site: http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistaiara/
Telefone: (11) 5682-7622
ISSN: 1983-7836
Editor Chefe: Maria Eduarda Araújo Guimarães
Início Publicação: 31/01/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Pela encarnação da sociologia da juventude

Ano: 2009 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Vitor Sérgio Ferreira
Autor Correspondente: Vitor Sérgio Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: juventude; corpo; sociologia; incorporação; encarnação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As transições no curso da vida têm uma visibilidade imediata na leitura social do corpo. A
«juventude» ou a «idade jovem», enquanto fase da vida, é de fato um tempo socialmente
construído, porém codificado no corpo. Uma fase de transição que dura cada vez mais
tempo e que se tenta que perdure, considerando as atuais promessas mercantis de
juvenilização dos corpos. Em última instância, é-se jovem quando se começa a parecê-lo, e
transpõe-se a condição juvenil quando se deixa de (conseguir) transparecê-lo.
Há, efetivamente, normatividades que enquadram a figura do jovem, em grande medida
estabelecidas com base em critérios de ordem corporal. O «corpo jovem» constitui uma
figura de referência e de reverência para as mais velhas gerações, sendo um corpo
celebrado em visuais, movimentos e sensações entre as gerações mais jovens, em que
prazeres se misturam com riscos.
Partindo de uma sistematização dos estudos de natureza sociológica, produzidos em
Portugal em torno de questões concernentes ao corpo e à sua relação com os jovens,
pretende-se, neste artigo, perceber o poder heurístico desse «novo» objeto nos estudos de
juventude, em termos teóricos e metodológicos.



Resumo Inglês:

The transitions in the life course have an immediate visibility in the social reading of the
body. The “youth” or “young age”, as a life stage, is definitely a socially constructed time,
although codified in the body. A transition stage that lasts increasingly longer and that one
endeavours to make it last, considering the current mercantile promises of body juvenility.
One is young when one starts to look young, and one transposes the youth condition when
one stops (being able to) appear as young.
In fact, there are norms that comprise the figure of the young person, to a large extent
established on criteria of a corporal order. The «young body» is a figure of reference and of
reverence for the older generations, being a body celebrated in visuals, movements and
sensations among the younger generations, where pleasures and risks mix.
Based on a systemisation of the sociological studies produced in Portugal about issues
concerning the body and its relationship with young people, it is the aim of this article to
understand the heuristic power of this «new» object within youth studies, in theoretical and
methodological terms.