A pedagogia da alternância em Rondônia: alguns apontamentos críticos a partir dos estudos culturais

Barbarói

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ISSN: 1982-2022
Editor Chefe: Marco Andre Cadoná
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A pedagogia da alternância em Rondônia: alguns apontamentos críticos a partir dos estudos culturais

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 50
Autores: A. D. Valadão, J. L. Backes
Autor Correspondente: A. D. Valadão | [email protected]

Palavras-chave: pedagogia da alternância, estudos culturais, sujeito crítico e autônomo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O propósito deste artigo é trazer alguns apontamentos críticos a partir dos Estudos Culturais sobre a Pedagogia da Alternância, que foi criada na França na década de 1920 e chegou a Rondônia no final da década de 1980. Os Estudos Culturais, campo epistemológico escolhido para este estudo, vê a cultura como prática produtiva envolvida em relações de poder, inclusive no sentido de fabricar meios de regular as condutas, ações e modos de ser e de pensar, sendo, portanto, as identidades e diferenças produzidas histórica e culturalmente. As entrevistas, observações e análises de documentos, como o Projeto Político Pedagógico e o Plano de Curso do Centro Familiar de Formação em Alternância (CEFFA) de Ji-Paraná (RO), onde se deu este trabalho, mostraram que essa prática pedagógica tem objetivado a produção de sujeitos cidadãos conscientes, autônomos, homogeneizados, privilegiando, para alcançar o seu intento, os conhecimentos chamados científicos e as normas internas criadas pelas famílias para regular e controlar as práticas e comportamentos dos sujeitos que ali estudam e trabalham.



Resumo Inglês:

The aim of this paper is to present some critical notes from the Cultural Studies perspective on Pedagogy of Alternation, which was conceived in France in the 1990s and arrived in Rondonia in the late 1980s. Cultural Studies, the epistemological field chosen in this study, regards culture as a productive practice involved in power relations, including the sense of producing means to regulate conducts, actions and ways of being and thinking; therefore, identities and differences are historically and culturally produced. The interviews, observations and analyses of documents such as the Political Pedagogical Project and the Course Plan of the Family Center for Education in Alternation (CEFFA) in Ji-Paraná (RO), where this investigation was carried out, evidenced that the goal of this pedagogical practice is to produce aware, autonomous, homogenized citizen subjects. In order to achieve this goal, it privileges the so-called scientific knowledges and the internal rules created by the families to both regulate and control the practices and behaviors of the subjects that study and work there.



Resumo Espanhol:

El propósito de este artículo es mostrar algunos (des)apuntes críticos a partir de los Estudios Culturales sobre la Pedagogía de la Alternancia, que fue creada en Francia en la década de 1920 y que llego a Rondônia a finales de la década de 1980. Los Estudios Culturales, campo epistemológico escogido para este estudio, muestran la cultura como práctica productiva envuelta en relaciones de poder, inclusive en el sentido de fabricar medios para regular las conductas, acciones y modos de ser y de pensar, siendo, por lo tanto, las identidades y las diferencias producidas histórica y culturalmente. Las entrevistas, observaciones y análisis de documentos, como el Proyecto Político Pedagógico y el Plan de Curso del Centro Familiar de Formación en Alternancia (CEFFA) de JI-Paraná (RO), donde se dio este trabajo, mostraron que esta práctica pedagógica tiene como objetivo la producción de sujetos ciudadanos conscientes, autónomos, homogeneizados, privilegiando, para alcanzar su intento, los conocimientos llamados científicos y las normas internas creadas por las familias para regular y controlar las prácticas y comportamientos de los sujetos que allí estudian y trabajan.