Passados privados, ou privados do passado? Nostalgia, in-diferença e as comemorações do Sete de Setembro brasileiro

Revista Nupem

Endereço:
Avenida Comendador Norberto Marcondes, 733 - Centro
Campo Mourão / PR
87303-100
Site: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/nupem
Telefone: (44) 3518-1874
ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Passados privados, ou privados do passado? Nostalgia, in-diferença e as comemorações do Sete de Setembro brasileiro

Ano: 2019 | Volume: 11 | Número: 23
Autores: Andre de Lemos Freixo
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: História Pública, nostalgia, dia da Independência do Brasil, ética

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Proponho pensar como funciona, que tipo de elementos são deslocados, apagados ou focalizados e, acima de tudo, que tipo de figurações são apresentadas nas celebrações oficiais (públicas) do passado brasileiro, em geral, e em particular, no discurso oficial das comemorações do Dia da Independência do Brasil (7 de setembro de 1822). Que estética é mobilizada quando o passado “brasileiro” aparece em público (oficialmente)? Argumento que esse conjunto de figurações permite identificar o que eu chamo de “estética do brasileiro”: promover uma consciência nacional (e histórica) in-diferente e etnocêntrica. A poderosa imaginação histórica mobilizada quando se trata de performances do passado brasileiro recicla anualmente os elementos estereotipados nessa estética, acionados por uma cultura histórica modernista que não lançam novos e promissores futuros, mas a celebração pública de um formato específico de nostalgia.



Resumo Inglês:

I propose to address how, what kind of elements are displaced, erased or focused, and above all what kind of figurations are presented in the official (public) celebrations of the Brazilian past, in general, and in particular, in the official commemorations of Brazilian’s Independence Day (September 7th, 1822). Which kind of aesthetic is mobilized when the Brazilian “past” shows up publicly (and officially)? I argue that this set of figurations allows us to identify what I call the “Brazilian's aesthetic”: to promote an in-different and ethnocentric national (and historical) consciousness. The powerful historical imagination mobilized in Brazilian past performances recycle annually the stereotyped elements of this aesthetics, triggered by a modernist historical culture that does not throw new and promising futures, but a public celebration of a specific format of nostalgy.



Resumo Espanhol:

Propongo pensar cómo funciona, qué tipo de elementos son desplazados, apagados o focalizados y, sobre todo, qué tipo de figuraciones se presentan en las conmemoraciones (oficiales) del pasado brasileño, en general, y en particular, en el discurso oficial de las conmemoraciones del Día de la Independencia de Brasil (7 de septiembre de 1822). ¿Qué estética es movilizada cuando el pasado “brasileño” aparece en público (oficialmente)? Argumento que ese conjunto de figuraciones permite identificar lo que llamo “estética del brasileño”: promover una conciencia nacional (e histórica) in-diferente y etnocéntrica. La poderosa imaginación histórica movilizada cuando se trata de performances del pasado brasileño recicla anualmente los elementos estereotipados en esta estética, accionados por una cultura histórica modernista que no lanzan nuevos y prometedores futuros, sino la celebración pública de un formato específico de  nostalgia.