Bowker (1998) salientou que o uso de corpora especializados em língua materna teve um papel significativo na melhora da qualidade da tradução de seus alunos quanto à “escolha correta do termo e redação idiomática” (1998: 648). Se entendermos “escolha correta do termo” como colocação e “redação idiomática” como linguagem natural, perceberemos que esses dois aspectos são os pilares do que denominamos “convencionalidade (ou fraseologia) na língua”, cuja falta de conhecimento caracteriza o “falante ingênuo” (Fillmore 1979). Veremos também que, em situações semelhantes, um tradutor pode ser igualmente “ingênuo”.