ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA PRODUÇÃO DO CAFÉ NO PARANÁ

Informe GEPEC

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ISSN: 1679415X
Editor Chefe: Jandir Ferrera de Lima
Início Publicação: 18/07/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Planejamento urbano e regional, Área de Estudo: Multidisciplinar

ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA PRODUÇÃO DO CAFÉ NO PARANÁ

Ano: 2021 | Volume: 25 | Número: Especial
Autores: Gustavo Henrique Leite de Castro, André Luís Mendes Leocádio, Marina Ronchesel Ribeiro, Tiago Santos Telles
Autor Correspondente: Gustavo Henrique Leite de Castro | [email protected]

Palavras-chave: Agronegocio; especialização; regionalização; análise espacial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O café está entre as principais culturas agrícolas do Paraná. Porém, após a retração desta cultura, decorrente, sobretudo, das dificuldades de recuperação das lavouras após a geada negra de 1975 e da expansão de outros cultivos no território, como a soja, o milho e o trigo, houve uma expressiva mudança na dinâmica espacial e na estrutura da produção agropecuária paranaense. O objetivo deste estudo foi verificar a dinâmica espacial ocorrida na cafeicultura do Paraná. Os dados são oriundos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do Banco Central do Brasil. Foi realizada a análise de concentração para área colhida, quantidade produzida e do valor bruto de produção, para mensurar a convergência do mercado de cada mesorregião. Em seguida, foi realizada a análise de quociente locacional, para identificar as microrregiões especializadas na produção de café. Por fim foram efetivadas as análises de componentes principais e de agrupamentos, para caracterizar a estrutura e a dinâmica dos sistemas de produção de café nas microrregiões paranaenses especializadas na cafeicultura. A partir dos resultados foi possível verificar que entre 1997 e 2016, ocorreu uma contração da lavoura de café, com uma queda de 66,5% na área colhida e 71,5% na produção. Além disso, houve uma redução no número de microrregiões especializadas na cafeicultura, passando de 13 em 1997, para 9 em 2016. Foram identificados dois componentes principais que, juntos, explicaram 88,06% da variabilidade dos dados, sendo nominados por produção técnica e produção destinada a indústria de torrefação e moagem de café. Com base na análise de agrupamentos foram definidos quatro grupos, que se distinguiram em relação à especialização na produção do café, do número de fábrica de torrefação e moagem de café, da quantidade e tipo de crédito rural concedido aos produtores (familiar ou patronal) e do número de trabalhadores na lavoura. Dentre as transformações no processo produtivo do café, observou-se o deslocamento espacial ao longo do tempo, que resultou em mudanças significativas nas regiões especializadas na cafeicultura paranaense.