Ocupação decolonial por estudantes indígenas e quilombolas nas ações afirmativas da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira/Ceará

DESIDADES

Endereço:
Av Pasteur, 500 - Urca
Rio de Janeiro / RJ
22290-902
Site: http://www.desidades.ufrj.br
Telefone: (21) 2295-3208
ISSN: 23189282
Editor Chefe: Lúcia Rabello de Castro
Início Publicação: 31/12/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Ocupação decolonial por estudantes indígenas e quilombolas nas ações afirmativas da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira/Ceará

Ano: 2022 | Volume: 0 | Número: 34
Autores: A.A.S. Lima, F.G.C. Lima, G.S. Castro, M.K. Jaguaribaras, D.J.A. Melo, J.F.Nascimento Neto, A.M.E. Silva, F.M. Nascimento, L.C. Nascimento, J.F. Moura Júnior
Autor Correspondente: A.A.S. Lima | [email protected]

Palavras-chave: indígena, quilombola, ação afirmativa, decolonialidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As ações afirmativas modificaram a estrutura do Ensino Superior Brasileiro, promovendo o acesso de populações historicamente privadas desse espaço. Neste artigo, objetivamos analisar as experiências de estudantes indígenas e quilombolas cotistas de graduação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Os(as) participantes desta pesquisa também colaboram como autores e autoras, sendo quatro estudantes indígenas e quatro estudantes quilombolas com paridade de gênero. Ressalta-se que os(as) estudantes participaram de rodas de conversas sobre suas experiências e os desafios de ingressar e permanecer no Ensino Superior. Foi identificado que os editais específicos de ações afirmativas são importantes formas de acesso. Porém, ainda se observa que estudantes e professores da universidade em estudo reproduzem preconceitos e práticas de discriminação contra indígenas e quilombolas. Apesar dessas lógicas, os estudantes cotistas resistem a essas práticas, apontando a importância de ocupar a universidade com suas trajetórias de luta, seus corpos e suas vozes de resistência. Palavras-chave: indígena, quilombola, ação afirmativa, decolonialidade.



Resumo Inglês:

Affirmative action has changed the structure of Brazilian Higher Education, promoting the access of populations historically deprived of this space. In this article, we aim to analyze the experiences of indigenous and quilombola students who are undergraduate quota holders at the Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. The participants of this research also collaborate as authors, being four indigenous and four quilombola students with gender parity. It is noteworthy that the students participated in conversations about their experiences and the challenges of entering and remaining in Higher Education. It was identified that the specific edicts of affirmative action are important forms of access. However, it is still observed that students and professors of the university under study reproduce prejudices and discriminatory practices against indigenous people and quilombolas. Despite these logics, the quota students resist these practices, pointing out the importance of occupying the university with their struggle trajectories, their bodies, and their voices of resistance.



Resumo Espanhol:

La acción afirmativa ha cambiado la estructura de la Educación Superior brasileña, promoviendo el acceso de poblaciones históricamente privadas de este espacio. En este artículo, nos proponemos analizar las experiencias de estudiantes indígenas y quilombolas que son titulares de cupos de pregrado en la Universidad de la Integración Internacional de la Lusofonía Afrobrasileña. Los participantes de esta investigación también colaboran como autores, siendo cuatro estudiantes indígenas y cuatro quilombolas con paridad de género. Se destaca que los estudiantes participaron en conversaciones sobre sus experiencias y los desafíos de ingresar y permanecer en la Educación Superior. Se determinó que los edictos específicos de la discriminación positiva son formas importantes de acceso. Sin embargo, aún se observa que alumnos y profesores de la universidad en estudio reproducen prejuicios y prácticas de discriminación contra indígenas y quilombolas. A pesar de estas lógicas, los estudiantes de cuota se resisten a estas prácticas, señalando la importancia de ocupar la universidad con sus trayectorias de lucha, sus cuerpos y sus voces de resistencia.