Objetividade e subjetividade no estudo das religiões: desafios do trabalho de campo

PLURA

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ISSN: 2179-0019
Editor Chefe: Arnaldo Érico Huff Júnior
Início Publicação: 30/11/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Objetividade e subjetividade no estudo das religiões: desafios do trabalho de campo

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Silas Guerriero
Autor Correspondente: Silas Guerriero | [email protected]

Palavras-chave: estudos de religião, pesquisa em religião, trabalho de campo, subjetividade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Uma grande parte dos pós-graduandos em ciências da religião no Brasil são nativos. Alguns, inclusive, são fiéis de diferentes denominações religiosas. Para eles, analisar os dogmas de sua própria religião é um desafio. O texto analisa os problemas resultantes do trabalho de campo na religião considerando os embates do contato entre o pesquisador e o grupo avaliado. As ciências humanas foram se distanciando de uma perspectiva objetiva e reconhecem agora o papel da subjetividade. Na nossa área específica, não só o investigador tem suas próprias convicções religiosas, mas também o grupo estudado tem sua própria opinião sobre a sua religião, sobre a religião do outro, e também sobre o que eles acham que poderia ser a religião a ser seguida pelo cientista. Nossos nativos não são ingênuos espectadores, nem são meras subjetividades; nem são meros sujeitos passivos, destituídos de pensamento autônomo; nem são projeções de nossas próprias mentes.



Resumo Inglês:

A great part of the postgraduate students of religious studies in Brazil are natives. Some are even activists of different religious denominations. For them, it is a challenge to analyze the dogmas of their own religion. The text analyzes the problems resulting from the fieldwork in religion considering the disputes between the researcher and the evaluated group. Human Sciences have gradually drawn away from an objective perspective and now recognize the role of subjectivity. In our particular field of study, not only does the investigator have his own religious convictions, but also the studied group has its own opinion about their religion, about the other’s religion, and also about what they think the religion followed by the scientist should be. Our natives are not naïve spectators, nor are they mere subjectivities; nor mere passive subjects deprived of autonomous thought; nor projections of our own minds.