Este trabalho tem por objetivo analisar o processo responsável pela construção de uma memória discursiva interna à obra O vendedor de passados, de José Eduardo Agualusa. Considerando os parâmetros dos esquecimentos atrelados à noção temporal norteadora de passado e futuro, os meios de análise, fundamentados na teoria da análise do discurso francesa, evidencia-se o caráter digressivo da obra a partir do conceito do interdiscurso relacionado ao viés histórico. Utilizando a teoria do discurso, explicitada aqui pela pesquisadora Eni Puccinelli Orlandi, direcionada aos fragmentos da obra, teremos como indicação a existência de dois tipos de esquecimentos pontuados na trama por seus personagens. Palavras-chave: Memória; Discurso; Agualusa.