O Transtorno do Espectro Autista (TEA) representa um desafio significativo para a educação inclusiva, exigindo que os professores estejam preparados para atender às demandas específicas desses estudantes. Caracterizado por dificuldades na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos ou restritos, o TEA demanda abordagens pedagógicas individualizadas e flexíveis, que respeitem a neurodiversidade e promovam o desenvolvimento integral dos alunos. No entanto, a falta de preparação adequada dos professores tem sido um obstáculo frequente para a efetivação de práticas educacionais inclusivas, resultando em barreiras à aprendizagem e à socialização desses estudantes. Este artigo analisa a formação docente, tanto inicial quanto continuada, no contexto do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para alunos com TEA. Por meio de uma revisão bibliográfica e análise de estudos de caso, identificam-se lacunas na preparação dos professores, como a falta de abordagens práticas e a insuficiente integração de conhecimentos sobre neurodiversidade nos currículos de formação inicial. Muitos cursos de licenciatura priorizam conteúdos teóricos gerais, deixando de lado as especificidades do TEA e as estratégias pedagógicas necessárias para atender às necessidades desses alunos. Além disso, a formação continuada, embora essencial para a atualização dos conhecimentos dos professores, muitas vezes é insuficiente ou descontextualizada da realidade das escolas, limitando sua eficácia. Os resultados indicam que a formação atual nem sempre capacita os educadores para desenvolver estratégias pedagógicas inclusivas e adaptadas às necessidades dos estudantes com TEA.