O movimento negro no Brasil Republicano tem sido fundamental na luta por direitos civis, sociais e políticos da população negra. Desde o fim da escravidão em 1888, os afro-brasileiros enfrentam processos contínuos de exclusão, discriminação e violência estrutural. Frente a isso, organizações, lideranças e coletivos negros se mobilizaram para reivindicar igualdade de direitos, denunciar o racismo e valorizar a identidade e a cultura afro-brasileira. Durante o século XX, especialmente a partir da década de 1930, o movimento ganhou força com a fundação de entidades como a Frente Negra Brasileira e, mais tarde, com ações intensificadas na ditadura militar e no processo de redemocratização. A criação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, marca uma nova etapa de articulação política e social. A luta por cotas raciais, o reconhecimento do racismo institucional e a valorização da história e cultura negra são conquistas importantes dessa trajetória. No Brasil contemporâneo, o movimento negro continua a influenciar políticas públicas e debates sobre justiça racial, mantendo viva a luta por equidade e respeito.