O filme “Zama”: estética e devires descoloniais

Revista Nupem

Endereço:
Avenida Comendador Norberto Marcondes, 733 - Centro
Campo Mourão / PR
87303-100
Site: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/nupem
Telefone: (44) 3518-1874
ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

O filme “Zama”: estética e devires descoloniais

Ano: 2023 | Volume: 15 | Número: 35
Autores: Ana Carolina Acom
Autor Correspondente: Frank Antonio Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: “Zama”, Lucrecia Martel, Descolonialidade, Estética

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta uma análise do filme “Zama” (2017) de Lucrecia Martel, representando o pensamento em decolonialidade, desde a reescrita estética até suas propostas centrais, que constituem impressões fora da história hegemônica composta em clichês da época colonial. As imagens forjadas no filme trazem outras provocações sobre os significados da “América Espanhola” no século XVIII. Através das vestimentas de espanhóis, portugueses, escravos e libertos, bem como das pinturas corporais indígenas, fazendo com que o território colonial constituído no filme componha visualidades que repensam o deslocamento dos sujeitos, habitantes de um “lugar intermediário”. A espera da personagem Zama, que quer partir, é traduzida por signos que nos dimensionam ao hibridismo cultural que a América Latina herda, caracterizado por memórias, violência, afetos e resistências.



Resumo Inglês:

This paper presents an analysis of the film “Zama” (2017) by Lucrecia Martel, representing the thought in decoloniality, from the aesthetic rewrite to its central proposes, which constitutes impressions outside the hegemonic history composed in clichés of colonial times. The images forged in the film bring other provocations about the meanings of “Spanish America” in the 18th century. Through the clothing of Spaniards, Portuguese, slaves and freedmen, as well as indigenous body paintings, thus making the colonial territory constituted in the film compose visualities that rethink the displacement of subjects, inhabitants of an “in-between place”. The wait of the character Zama, who wants to leave, is translated by signs that dimension us to the cultural hybridity that Latin America inherits, characterized by memories, violence, affections and resistance.



Resumo Espanhol:

Este artículo presenta un análisis de la película “Zama” (2017) de Lucrecia Martel. Se trata de una propuesta de reescritura estética en el contexto del pensamiento decolonial, que constituye impresiones ajenas a la historia hegemónica compuesta por los clichés de la época. Las imágenes forjadas en la película traen otras provocaciones sobre los significados de la “América española” en el siglo XVIII. A través del vestuario de españoles, portugueses, esclavos y libertos, junto con pinturas corporales indígenas, surge el territorio colonial de la película, componiendo visualidades que replantean el desplazamiento de sujetos, verdaderos habitantes de un “lugar intermedio”. La espera del personaje Zama, obsesionado en marcharse, se traduce en signos que nos dan una dimensión de la hibridez cultural que la América ha heredado, fruto de memorias, violencias, afectos y resistencias.