O ESPAÇO DA CIDADE COMO EXPRESSÃO DO ABANDONO NA OBRA DE FRANCISCO ESPINHARA
Téssera
O ESPAÇO DA CIDADE COMO EXPRESSÃO DO ABANDONO NA OBRA DE FRANCISCO ESPINHARA
Autor Correspondente: Jordy Dantas Maia | [email protected]
Palavras-chave: Abandono, Cidade, Francisco Espinhara, Poesia, Pessimismo
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Neste artigo analisa-se de que forma se constrói o estilo pessimista de Francisco Espinhara no que diz respeito às relações que sua linguagem estabelece com o mundo contemporâneo das cidades. Trata-se aqui de um estudo que pretende investigar o abandono e o espaço como recortes e marcas de uma obra cuja expressão advém da diluição do homem em suas infinitas possibilidades de solidão e isolamento frente à concretude impassível do espaço em que se insere. Acrescente-se a isso que esta obra foi escrita na efervescência do Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco, que em sua produção literária se identifica com o sentimento da urbe em sua intimidade. O trabalho, de cunho bibliográfico, toma como princípios as ideias de autores que trazem a marca do pessimismo e do niilismo enquanto elementos de suporte da linguagem poética do autor, entre eles, Friedrich Wilhelm Nietzsche e Arthur Schopenhauer e o teórico da lírica moderna Hugo Friedrich. Investiga-se de forma o autor se volta para uma obsessão incidente em sua própria existência na busca por algo que possa amparar sua solidão e sua angústia, vinculando-se a temas voltados para a poesia lírica do final do século XIX e início do século XX. Neste sentido, inserem-se o olhar de Mikhail Bakhtin e Gaston Bacherlard, enquanto aportes que sustentam parte das nossas reflexões no que diz respeito às vozes que encontramos no sujeito e suas relações com o espaço com o qual se relaciona.
Resumo Inglês:
This article analyzes how Francisco Espinhara's pessimistic style is built in relation to the relations that his language establishes with the contemporary world of cities. This is a study that aims to investigate the abandonment and space as cutouts and marks of a work whose expression comes from the dilution of man in his infinite possibilities of solitude and isolation in the face of the impassive concreteness of the space in which he is inserted. In addition, this work was written in the effervescence of the Pernambuco Independent Writers Movement, which in its literary production identifies with the feeling of the city in its intimacy. The work, bibliographic in nature, takes as its principles the ideas of authors who bear the mark of pessimism and nihilism as supporting elements of the author's poetic language. Among them are Friedrich Wilhelm Nietzsche and Arthur Schopenhauer and the modern lyricist theorist Hugo Friedrich, who turns to an incident obsessed with his own existence in search of something that can bolster his loneliness and anguish, linking himself with themes related to his own. lyric poetry of the late nineteenth and early twentieth centuries. In this sense, the eyes of Mikhail Bakhtin and Gaston Bacherlard are inserted, as contributions that support part of our reflections regarding the voices we find in the subject and their relations with the space with which they relate.
