O empoderamento das mulheres-professoras no espaço da educação através da feminização-feminilização do magistério
Revista Educação, Cultura e Sociedade
O empoderamento das mulheres-professoras no espaço da educação através da feminização-feminilização do magistério
Autor Correspondente: Maria do Carmo Gonçalo Santos | [email protected]
Palavras-chave: relações de gênero, feminização do magistério, poder
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O artigo aborda o processo de feminização-feminilização do magistério, enquanto a presença majoritária das mulheres na profissão e os atributos de gênero decorrentes de construções sociais, para abordarmos o empoderamento das mulheres no espaço da educação. Fundamentamos este artigo na categoria de gênero (LOURO, 1997a; SCOTT, 1990), que problematiza os binarismos das relações entre o masculino e o feminino (SAFFIOTI, 1999) e na discussão sobre o poder (FOUCAULT, 1979), que destaca a sua face positiva, dinâmica e microfísica. Esta pesquisa, de natureza qualitativa busca uma aproximação da realidade, através do seu significado (MINAYO, 1994). A análise de conteúdo, como técnica de análise de dados (BARDIN, 1977), nos ajuda a buscar o conteúdo latente da feminização do magistério. Identificamos, portanto, que a escola é compreendida como um espaço de emancipação socioprofissional para as mulheres-professoras, uma vez que, através dela, estas mulheres conquistaram sua inserção no mundo do trabalho e buscaram ressignificar as suas identidades de gênero e profissional (ALMEIDA, 1998; SANTOS, 2004). Este dado desmitifica a ideia da entrada das mulheres no magistério como uma concessão masculina e da associação entre desvalorização da profissão e presença feminina. Além disso, destacamos a positividade do poder, através dos movimentos de resistência das mulheres-professoras, que souberam usufruir dos atributos de gênero, construídos socialmente para elas; e mais ainda, conseguiram fazer exercícios de rupturas em relação a estes atributos, construindo representações do magistério referentes à condição de profissão.
Resumo Inglês:
The article shows us the feminization-feminization process of teaching, while the majority of women in the profession and the gender attributes of social constructions, to address the empowerment of women in education. We focus in the category of gender (LOURO, 1997a; SCOTT, 1990), which problematizes the binarisms of male-female relations (SAFFIOTI, 1999) and in the discussion of power (FOUCAULT, 1979), which Positive face, dynamic and microphysics. This research, of a qualitative nature seeks an approximation of reality, through its meaning (MINAYO, 1994). The content analysis, as a data analysis technique (BARDIN, 1977), helps us to search for the latent content of the feminization of teaching. Therefore, we identify that the school is understood as a space for socio-professional emancipation for female teachers, since, through them, these women have gained their insertion in the world of work and sought to re-signify their gender and professional identities (ALMEIDA, 1998; SANTOS, 2004). This data demystifies the idea of women entering the teaching profession as a male concession and of the association between the devaluation of the profession and the female presence. In addition, we highlight the positivity of power, through the resistance movements of women-teachers, who knew how to enjoy the attributes of gender, socially constructed for them; And even more, they have been able to exercise disruptions in relation to these attributes, constructing representations of the magisterium referring to the condition of profession.
