O despreparo na rede hospitalar e a felicidade em ml: Angústia e prazer dão dimensão à hormonioterapia

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

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ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O despreparo na rede hospitalar e a felicidade em ml: Angústia e prazer dão dimensão à hormonioterapia

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Kaio Lemos
Autor Correspondente: Kaio Lemos | [email protected]

Palavras-chave: Gênero; Homens trans; hormonioterapia; Performatividade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é resultado de parte do estudo realizado para meu trabalho de conclusão de curso do Bacharelado em Humanidades e tem por objetivo identificar o tratamento disponibilizado para os homens trans no Ambulatório de Transtornos da Sexualidade Humana (ATASH) do situado no hospital mental do município de Fortaleza-CE. Nesse sentido, essas performatividades abrem espaços para discussões referentes as quebras das categorias binárias homem/mulher e masculino/feminino que se deslocam na rotina cotidiana do campo de pesquisa. A metodologia utilizada foi da pesquisa qualitativa do tipo etnográfica utilizando fontes tais como diário de campo, entrevistas e diálogos em rede social. Evidencia-se a análise do cotidiano e sociabilidade dos interlocutores. Algumas questões que conduzem o trabalho: Como estes homens constroem atributos tidos como conservadoramente ao gênero masculino em seus corpos no ATASH? Quem os orientam? Existe uma organização entre eles? Como são tratados na sociedade e no ATASH? Temos como resultado que o tratamento disponibilizado no ATASH para os homens trans ainda é incipiente e parcial, assim é necessário investimento do governo para ocorra a qualificação e ampliação dos profissionais e funcionários, retirar o ambulatório do hospital mental e disponibilizar os medicamentos e cirurgias necessárias. Quais as dificuldades que enfrentaram para o acesso aos hormônios? Estabelecemos neste estudo um diálogo principalmente com autores como Foucault (2014), Ávila & Grossi (s-d), Wacquant (2002), Pierre Bourdieu (1997), Deleuze & Guattari (2012), Preciado (2008). 



Resumo Inglês:

This article is the result of part of the study carried out for my Bachelor's Degree in Humanities course and aims to identify the treatment available to trans men at the Human Sexuality Disorders Clinic (ATASH) at the mental hospital in the municipality of Fortaleza-CE. In this sense, these performativities open spaces for discussions regarding the breaks in the binary categories man / woman and male / female who move in the daily routine of the research field. The methodology used was of qualitative research of the ethnographic type using sources such as field diary, interviews and dialogues in social network. The analysis of the daily life and sociability of the interlocutors is evident. Some questions that guide the work: How do these men construct attributes considered conservatively to the masculine gender in their bodies in ATASH? Who guides them? Is there an organization between them? How are they treated in society and ATASH? As a result, the treatment provided at ATASH for trans men is still incipient and partial, so government investment is required to qualify and expand professionals and employees, remove the outpatient clinic from the mental hospital and provide the necessary medicines and surgeries. What difficulties did they face in accessing hormones? In this study, we established a dialogue mainly with authors such as Foucault (2014), Ávila & Grossi (s-d), Wacquant (2002), Pierre Bourdieu (1997), Deleuze & Guattari (2012), Preciado (2008).



Resumo Espanhol:

Este artículo es el resultado de parte del estudio llevado a cabo para mi curso de Licenciatura en Humanidades y tiene como objetivo identificar el tratamiento disponible para hombres trans en la Clínica de Trastornos de la Sexualidad Humana (ATASH) en el hospital psiquiátrico del municipio de Fortaleza-CE. En este sentido, estas performatividades abren espacios para discusiones sobre los descansos en las categorías binarias hombre / mujer y hombre / mujer que se mueven en la rutina diaria del campo de investigación. La metodología utilizada fue de investigación cualitativa del tipo etnográfico utilizando fuentes como el diario de campo, entrevistas y diálogos en redes sociales. El análisis de la vida cotidiana y la sociabilidad de los interlocutores es evidente. Algunas preguntas que guían el trabajo: ¿Cómo construyen estos hombres atributos considerados conservadoramente al género masculino en sus cuerpos en ATASH? ¿Quién los guía? ¿Hay una organización entre ellos? ¿Cómo son tratados en la sociedad y ATASH? Como resultado, el tratamiento proporcionado en ATASH para hombres trans aún es incipiente y parcial, por lo que se requiere inversión gubernamental para calificar y expandir a profesionales y empleados, retirar la clínica ambulatoria del hospital psiquiátrico y proporcionar las medicinas y cirugías necesarias. ¿Qué dificultades enfrentaron para acceder a las hormonas? En este estudio, establecimos un diálogo principalmente con autores como Foucault (2014), Ávila y Grossi (s-d), Wacquant (2002), Pierre Bourdieu (1997), Deleuze y Guattari (2012), Preciado (2008).