O contemporâneo e a doença do existir

Revista Terra & Cultura

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ISSN: 0104-8112
Editor Chefe: Leandro Henrique Magalhães
Início Publicação: 01/09/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O contemporâneo e a doença do existir

Ano: 2021 | Volume: 37 | Número: 72
Autores: Emerson Mildenberg, Cristian França
Autor Correspondente: Emerson Mildenberg | [email protected]

Palavras-chave: tempo, contemporâneo, sujeito, doença, existir

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem por objetivo apresentar algumas considerações acerca do contemporâneo e a existência humana. Por contemporâneo, entendemos que é pertencer verdadeiramente a seu tempo. Por mais que o ser individual não goste ou reprove o seu tempo, não pode revogar ou fugir desse tempo, ou seja, é contemporâneo do seu tempo e pode-se dizer que é sui generis do próprio e com o próprio tempo. A complexidade desse tecido é que o contemporâneo associa-se a este e concomitantemente dele se distancia. Nessa esteira, a presente escrita levanta inquéritos quanto ao tempo, ao consumo, as imagens, a tecnologia, a espiritualidade, a produção, a ética, dentre outros. Imediatamente considera-se o reflexo dos fenômenos que estão no radar do contemporâneo, ou seja, as patologias (aqui aludidas como doenças) causadas por tal. Dessa perspectiva, o sujeito será obrigado a fazer escolhas na realidade antropológica e sociológica em que estiver inserido, o que faz com que só possa ser compreendido levando-se em consideração sua história individual implicada por um contexto. E é nesse estabelecimento das relações com o outro, que acontecerá a mediação das relações com coisas, tempo e consigo mesmo suscitando nesse processo, possibilidades de construir sua personalidade.



Resumo Inglês:

This article aims to present some considerations about the contemporary and human existence. By contemporary, we understand that it is truly belonging to your time. As much as the individual being does not like or disapproves of his time, he cannot revoke or run away from that time, that is, he is contemporary with his time and it can be said that he is sui generis of himself and with his own time. The complexity of this fabric is that the contemporary is associated with this and concomitantly distances from it. In this context, the present writing raises inquiries regarding time, consumption, images, technology, spirituality, production, ethics, among others. Immediately the reflection of the phenomena that are on the contemporary radar is considered, that is, the pathologies (here referred to as diseases) caused by such. From this perspective, the subject will be forced to make choices in the anthropological and sociological reality in which he is inserted, which means that he can only be understood taking into account his individual history implied by a context. And it is in this establishment of relationships with the other, that mediation of relationships with things, time and with oneself will arise in this process, giving rise to possibilities to build his personality.