O conceito de experiência em Michel Foucault

Reflexão e Ação

Endereço:
Avenida Independência, 2293 - Bloco 10, Sala 1020A - Universitário
Santa Cruz do Sul / RS
96815-900
Site: http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/index
Telefone: (51) 3717-7543
ISSN: 1982-9949
Editor Chefe: Cheron Zanini Moretti
Início Publicação: 31/10/1990
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

O conceito de experiência em Michel Foucault

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: M. V. López
Autor Correspondente: M. V. López | [email protected]

Palavras-chave: experiência histórica, experiência trágica, poder, saber, subjetividade, dispositivo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O conceito de experiência se apresenta, na obra de Foucault, como uma constelação integrada por três problemáticas intimamente vinculadas entre si: os jogos de verdade, as relações de poder e as formas de subjetividade às quais estes jogos dão lugar. Estes elementos são veiculados a través de dispositivos heterogêneos (proposições científicas, procedimentos administrativos, estruturas arquitetônicas, etc.) que abarcam tanto o âmbito do dito como do não dito. Tais dispositivos configuram uma “experiência histórica” singular, na qual o ser (o sujeito) se pensa a si próprio e se toma como objeto de ação moral. No entanto, toda a obra do autor está perpassada por uma tensão entre a possibilidade de, por meio de minuciosos estudos históricos, estabelecer os limites dessa experiência histórica, e um exercício propriamente filosófico a través do qual se tenta fazer experiência do próprio limite, quer dizer, realizar uma experiência trágica capaz de colocar em entredito a própria experiência e as formas de subjetividade à qual ela está ligada. 



Resumo Espanhol:

El concepto de experiencia se presenta, en la obra de Foucault, como una constelación integrada por tres problemáticas íntimamente vinculadas entre sí: los juegos de verdad, las relaciones de poder e las formas de subjetividad a las cuales estos juegos dan lugar. Estos elementos son vehiculados a través de dispositivos heterogéneos (proposiciones científicas, procedimientos administrativos, estructuras arquitectónicas, etc.) que abarcan tanto el ámbito de lo dicho como el de lo no dicho. Tales dispositivos configuran una “experiencia histórica” singular, en la que el ser (el sujeto) se piensa a sí mismo e se toma como objeto de acción moral. Sin embargo, toda la obra del autor está atravesada por una tención entre, la posibilidad de, por medio de minuciosos estudios históricos, establecer los límites de esa experiencia histórica, y un ejercicio propiamente filosófico a través del cual se intenta hacer experiencia del propio límite, es decir, realizar una experiencia trágica capaz de colocar en entredicho la propia experiencia y las formas de subjetividad a la que esta está ligada.