O COLAPSO DA FORMAÇÃO: DA UNIVERSITAS SAPIENS PARA A UNIVERSITAS ECONOMICA

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Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O COLAPSO DA FORMAÇÃO: DA UNIVERSITAS SAPIENS PARA A UNIVERSITAS ECONOMICA

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 58
Autores: Fabio Caires Correia, Gillianno José Mazzetto de Castro1
Autor Correspondente: Fabio Caires Correia | [email protected]

Palavras-chave: universidade; formação; instrumentalização; economia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O uso do termo colapso no título pode parecer estranho. Como colapso se as instituições, e, no caso aqui em questão, a universidade, continuam a operar normalmente? De acordo com a lógica do senso comum, e com certa razão, a universidade não deixou de fazer aquilo que ela é “obrigada” a fazer, leia-se, restituir à sociedade pessoas profissionalmente preparadas. Ela continua a fazê-lo, ainda que (1) sob novas regras, (2) sob novas condições e ainda que (3) sob outro signo. Colapso não significa o congelamento de seu funcionamento, i.e., a interrupção abrupta de suas funções, ou mesmo o impedimento de cumprir com sua finalidade. É, antes de mais nada, deixar de se pautar por sua própria história, esquecendo-se de atentar para aquilo que, desde suas origens, lhe é mais caro. Nosso objetivo neste presente texto é pensar a universidade, por conseguinte, a formação per se. Isso exige localizarmos no tempo um modelo de universidade que, a nosso ver, caracteriza bem a crise de identidade que nossa formação vive no momento. Last but not least, queremos mostrar que a crise da modernidade é, em larga escala, crise do pensamento, mais ainda, crise de um modelo institucional de pensamento. 



Resumo Inglês:

The use of the term collapse in the title may seem strange. How does it collapse if the institutions, and in this case, the university, continue to operate normally? According to the logic of common sense, and with some reason, the university did not fail to do what it is “obliged” to do, that is, to restore professionally prepared people to society. It continues to do so, even if (1) under new rules, (2) under new conditions, and even (3) under another sign. Collapse does not mean the freezing of its functioning, i.e., the abrupt interruption of its functions, or even the impediment of fulfilling its purpose. It is, first of all, to stop being guided by its own history, forgetting to pay attention to what, since its origins, is most dear to it. Our objective in this present paper is to think about the university, therefore, the formation per se. This requires us to locate in time a university model that, in our view, characterizes well the identity crisis that our formation is experiencing at the moment. Last but not least, we want to show that the crisis of modernity is, on a large scale, a crisis of thought, more so, a crisis of an institutional model of thought.



Resumo Espanhol:

El uso del término colapso en el título puede parecer extraño. ¿Cómo colapso si las instituciones, y, en este caso, la universidad, siguen funcionando con normalidad? Según la lógica del sentido común, y con alguna razón, la universidad no dejó de hacer lo que está “obligada” a hacer, es decir, restituir a la sociedad a personas preparadas profesionalmente. Continúa haciéndolo, incluso si (1) bajo nuevas reglas, (2) bajo nuevas condiciones e incluso (3) bajo otro signo. Colapso no significa el congelamiento de su funcionamiento, es decir, la interrupción brusca de sus funciones, o incluso el impedimento para cumplir con su propósito. Es, ante todo, dejar de guiarse por su propia historia, olvidándose de prestar atención a lo que, desde sus orígenes, le es más querido. Nuestro objetivo en el presente texto es pensar en la universidad, por tanto, la formación en sí. Esto nos obliga a ubicar en el tiempo un modelo universitario que, a nuestro juicio, caracteriza bien la crisis de identidad que vive nuestra formación en estos momentos. Por último, pero no menos importante, queremos mostrar que la crisis de la modernidad es, a gran escala, una crisis del pensamiento, más aún, una crisis de un modelo institucional de pensamiento.