O bullying escolar no Brasil: Reflexões gendradas e a emergência de olhares intersecionais

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

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ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

O bullying escolar no Brasil: Reflexões gendradas e a emergência de olhares intersecionais

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: Almerson Cerqueira Passos
Autor Correspondente: Almerson Cerqueira Passos | [email protected]

Palavras-chave: bullying escolar, gênero, interseccional, raça, sexualidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Bullying começou a ser estudado na Suécia, na década de 1970. É conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos, como humilhar, chutar, empurrar, apelidar, discriminar, isolar e excluir, ocorrendo de forma intencional e repetitiva. No Brasil, onde várias estruturas se articulam entre si, como o racismo, a homofobia, transfobia, lesbofobia, misoginia, lançar um olhar sobre qualquer tipo de violência sem uma proposta interseccional pode incidir na invisibilização dos sofrimentos psíquicos de estudantes que são diariamente atravessados por esses eixos de opressão. Se a escola tem responsabilidade na produção e desenvolvimento de novos cidadãos e cidadãs para a sociedade, trazendo no bojo dos seus planos pedagógicos a prioridade no combate às violências e o fomento da consciência e importância do respeito e da diferença, precisamos questionar qual o modelo de educação é viável para romper com a desigualdade e assimetrias de gênero, raça, sexualidade e outros marcadores identitários. O interesse por esse estudo é uma tentativa de compreensão do bullying a partir de uma perspectiva gendrada e interseccional, questionando produções científicas nacionais que articulam os estudos sobre esse fenômeno escolar e gênero, na sua maioria, ainda com uma lógica dicotômica do sexo biológico.



Resumo Inglês:

Bullying began to be studied in Sweden in the 1970s. It is conceptualized as a set of aggressive behaviors, physical or psychological, such as humiliating, kicking, pushing, calling, discriminating, isolating and excluding, occurring intentionally and repetitively. In Brazil, where several structures articulate with each other, such as racism, homophobia, transphobia, lesbophobia, misogyny, taking a look at any type of violence without an intersectional proposal can affect the invisibility of the psychological suffering of students who are daily crossed by these axes of oppression. If the school is responsible for the production and development of new citizens for society, bringing priority to the fight against violence and the promotion of awareness and importance of respect and difference, we need to question which model of education is feasible to break the inequality and asymmetries of gender, race, sexuality and other identity markers. The interest in this study is an attempt to understand bullying from a gated and intersectional perspective, questioning national scientific productions that articulate the studies on this school phenomenon and gender, mostly, still with a dichotomous logic of biological sex.



Resumo Espanhol:

El acoso escolar comenzó a estudiarse en Suecia en la década de 1970. Se conceptualiza como un conjunto de comportamientos agresivos, físicos o psicológicos, como humillar, patear, empujar, llamar, discriminar, aislar y excluir, que ocurren de manera intencional y repetitiva. En Brasil, donde varias estructuras se articulan entre sí, como el racismo, la homofobia, la transfobia, la lesbofobia, la misoginia, analizar cualquier tipo de violencia sin una propuesta interseccional puede afectar la invisibilidad del sufrimiento psicológico de los estudiantes que diariamente son atravesados ​​por Estos ejes de opresión. Si la escuela es responsable de la producción y el desarrollo de nuevos ciudadanos para la sociedad, dando prioridad a la lucha contra la violencia y la promoción de la conciencia y la importancia del respeto y la diferencia, debemos cuestionar qué modelo de La educación es factible para romper la desigualdad y las asimetrías de género, raza, sexualidad y otros marcadores de identidad. El interés en este estudio es un intento de comprender el acoso escolar desde una perspectiva cerrada e interseccional, cuestionando las producciones científicas nacionales que articulan los estudios sobre este fenómeno escolar y el género, principalmente, aún con una lógica dicotómica del sexo biológico.