O Banquete e o Eros platônico: narrativas sobre amor e criação
Revista Pindorama
O Banquete e o Eros platônico: narrativas sobre amor e criação
Autor Correspondente: J. R. de Oliveira | [email protected]
Palavras-chave: Eros platônico, banquete, poiesis, mito, arte, Filosofia
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Resumo Português:
O Banquete é um dos mais conhecidos diálogos de Platão e é onde este filósofo realiza uma reflexão sobre Eros – o amor – a partir de várias perspectivas, em especial a narrativa mítica e a Filosófica. Entretanto, nas análises feitas sob essas duas tradições, Eros se revela como um ser capaz de resgatar a unidade primordial dos deuses, da natureza e dos humanos, impulsionando-os a agirem para criar. Por si só o amor não gera; ele é o elemento fundamental que faz gerar. Assim, posto como um intermediário entre deuses e humanos, o Eros de O Banquete ora se mostra como um deus ora como um semideus (daimónios), mas nunca perde sua característica primordial: possibilitar aos deuses, à physis e aos humanos a capacidade de criar no amor e, por isso, eternizar-se.