O ANTAGONISMO DA ENTIDADE-RIO NO IMAGINÁRIO CONSTRUÍDO EM HISTÓRIAS DO RIO NEGRO, DE VERA DO VAL
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O ANTAGONISMO DA ENTIDADE-RIO NO IMAGINÁRIO CONSTRUÍDO EM HISTÓRIAS DO RIO NEGRO, DE VERA DO VAL
Autor Correspondente: SANTOS, Jandir Silva dos | [email protected]
Palavras-chave: Residualidade; Mitologia greco-romana; Amazônia; Vera do Val
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Resumo Português:
Este texto realiza uma leitura dos contos “Águas”, “A cunhã que amava Brad Pitt”, “Curuminha” e “Rodamundo”, todos presentes na obra Histórias do rio Negro, de Vera do Val, a partir das concepções que Torres (2001) oferece acerca da teoria da residualidade, especificamente sobre o conceito de imaginário, e da forma como a autora paulistana apropriou-se do imaginário amazônico a fim de construir em sua ficção o rio Negro como uma entidade divina que, nessas narrativas, acaba antagonizando com o ribeirinho concebido pela autora ao mesmo tempo em que constitui, enquanto ser-água, sua principal forma de subsistência. Para que sejam estabelecidos elos residuais entre ambos os imaginários, o dos antigos ibéricos e o da obra de do Val, serão traçados paralelos entre entidades semelhantes que surgem em episódios específicos da mitologia greco-romana, tais como registrados por Commelin (1988), Franchini e Seganfredo (2005) e Bulfinch (2006). Tais episódios serão necessários na composição do ente-rio antagônico, tal como observado nos textos em Histórias do rio Negro.