Notas tecnopolíticas e (trans)feministas para (re)inventar maternidades

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

Endereço:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
Cuiabá / MT
Site: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/index
Telefone: (63) 9988-4412
ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Notas tecnopolíticas e (trans)feministas para (re)inventar maternidades

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Aline Gomes Tavares Matias, María Antonella Barone
Autor Correspondente: Aline Gomes Tavares Matias | [email protected]

Palavras-chave: Dispositivo da maternidade, Gestações, Maternagens, Tecnopolíticas, Epistemologia (trans)feminista

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo propomos problematizar o dispositivo da maternidade, bem como algumas normativas maquinadas para tentar definir uma categoria nomeada "mulher", a partir de nossas pesquisas com os corpos que gestam e as maternidades, bem como dos textos publicados no livro Sangrias (2019). Tratamos a maternidade enquanto dispositivo biopolítico, tecnologia que busca produzir e manter certos modos de vida em coerência com forjada lógica sexo-gênero, bem como a heterossexualidade compulsória, que serve a uma determinada sociedade capitalista neoliberal. Diante a esse cenário, apostamos em epistemologias transbordantes feministas de vida e de pesquisa que nos convocam a uma fluidez e transposição das fronteiras das categorias identitárias como forma de produzir escapes e outras configurações sobre gestações e maternagens, outras formas de vida. Apostamos na política ciborgue, proposta por Donna Haraway como tática de produção de outros e transitórios corpos, moventes e constituídos pautados no desejo ético, nos prazeres e na alegria como tática potente de (re)existir.



Resumo Inglês:

In this article we propose to problematize the maternity device, as well as some norms devised to try to define a category named "woman", based on our research with the bodies they gestate and the maternities, as well as the texts published in the book Sangrias (2019). We treat motherhood as a biopolitical device, a technology that seeks to produce and maintain certain ways of life in line with forged sex-gender logic, as well as compulsory heterosexuality, which serves a particular neoliberal capitalist society. Faced with this scenario, we bet on feminist overflowing epistemologies of life and research that call us to a fluidity and crossing of the boundaries of the identity categories as a way of producing escapes and other configurations about pregnancies and maternities, other forms of life. We bet on cyborg politics, proposed by Donna Haraway as a tactic of producing other and transient bodies, moving and constituted based on ethical desire, pleasures and joy as a potent tactic of (re) existing.



Resumo Espanhol:

En este artículo, proponemos problematizar el dispositivo de maternidad, así como algunas normas diseñadas para tratar de definir una categoría llamada "mujer", a partir de nuestra investigación con los cuerpos que gestan y las maternidades, así como de los textos publicados en el libro Sangrias (2019). Tratamos a la maternidad como un dispositivo biopolítico, una tecnología que busca producir y mantener ciertas formas de vida en línea con la lógica forzada de sexo y género, así como la heterosexualidad obligatoria, que sirve a una sociedad capitalista neoliberal particular. Ante este escenario, apostamos por las epistemologías de la vida y la investigación desbordantes feministas que nos llaman a una fluidez y al cruce de los límites de las categorías de identidad como una forma de producir escapes y otras configuraciones sobre embarazos y maternidades, otras formas de vida. Apostamos por la política cyborg, propuesta por Donna Haraway como una táctica para producir otros cuerpos transitorios, en movimiento y constituida en base al deseo ético, los placeres y la alegría como una táctica potente de (re) existir.