NARRATIVA, VERDADE E OBSESSÃO: A CONTEMPORANEIDADE DE DOM CASMURRO, DE MACHADO DE ASSIS

Revista Eletrônica Areia

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ISSN: 2595-2609
Editor Chefe: Fabiana Pincho de Oliveira
Início Publicação: 01/04/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

NARRATIVA, VERDADE E OBSESSÃO: A CONTEMPORANEIDADE DE DOM CASMURRO, DE MACHADO DE ASSIS

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Ednelson João Ramos e Silva Júnior, Maria Gabriela Cardoso Fernandes da Costa
Autor Correspondente: Ednelson João Ramos e Silva Júnior | [email protected]

Palavras-chave: dom casmurro, machado de assis, análise comparativa, contemporaneidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, é enquadrado por compêndios no Realismo brasileiro. Contudo, essa classificação parece não dar conta da amplitude do que o referido livro propõe, pois a obra é permeada por índices de indeterminação e contravenções do código realista. Por conseguinte, chamar a narrativa das obsessões de Bentinho de realista exigiria reconsiderar o que vem a ser tal termo, no mínimo. Para pensar como Dom Casmurro dá mostras de manter-se com fôlego até o nosso século, conduzi uma análise comparativa, trazendo os contos “A quinta história” (1964), de Clarice Lispector; “Desenredo” (1967), de Guimarães Rosa; “Estão apenas ensaiando” (2000), de Bernardo Carvalho; “A figurante” (2003), de Sérgio Sant’Anna; “Encontros na península” (2009), de Milton Hatoum. Como fundamentação teórica, adotei Giorgio Agamben (2007), Terry Eagleton (2006), Massaud Moisés (1974) e Leyla Perrone-Moisés (2006). Metodologicamente, este estudo é uma pesquisa bibliográfica. Por fim, as obras examinadas apontam como as palavras são um dos indícios de nossa condenação à liberdade, em virtude de serem elas essa chave imperfeita para a inconstante massa em que residimos.

Resumo Espanhol:

la novela Dom Casmurro, de Machado de Assis, es enmarcada por compendios en el Realismo brasileño. Sin embargo, esa classificación parece no dar cuenta de la amplitud de lo que dicho libro propone, pues la obra está impregnada por índices de indeterminación y contravenciones del código realista. Consecuentemente, llamar la narración de las obsesiones de Bentinho de realista exigiría reconsiderar lo que viene a ser tal término, al menos. Para pensar como Dom Casmurro da muestras de mantenerse con aliento hasta nuestro siglo, condujo un análisis comparativo, trayendo los cuentos “A quinta história” (1964), de Clarice Lispector; “Desenredo” (1967), de Guimarães Rosa; “Estão apenas ensaiando” (2000), de Bernardo Carvalho; “A figurante” (2003), de Sérgio Sant'Anna; “Encontros na península” (2009) de Milton Hatoum. Como fundamentación teórica, adopté Giorgio Agamben (2007), Terry Eagleton (2006), Massaud Moisés (1974) y Leyla Perrone-Moisés (2006). Metodológicamente, este estudio es una investigación bibliográfica. Por fin, las obras examinadas apuntan como las palabras son uno de los indicios de nuestra condenación a la libertad, en virtud de que son esa clave imperfecta para la inconstante masa en que residimos.