A Morte de Benjamin Benatar e Miguel Levy em Vassouras-RJ no século XIX

Mosaico

Endereço:
Av. Expedicionário Oswaldo de Almeida Ramos, 280 - Bloco 3, 2º Pavimento - Centro
Vassouras / RJ
27700-000
Site: http://editora.universidadedevassouras.edu.br
Telefone: (24) 2471-8372
ISSN: 21787719
Editor Chefe: Angelo Ferreira Monteiro
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A Morte de Benjamin Benatar e Miguel Levy em Vassouras-RJ no século XIX

Ano: 2020 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: MONTEIRO, A.F.
Autor Correspondente: MONTEIRO, A.F. | [email protected]

Palavras-chave: Vale do Paraíba Fluminense; Século XIX; Memorial Judaico de Vassouras.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo busca sanar algumas lacunas para entender o momento histórico do falecimento de Benjamin Benatar em 1859 e de

Miguel Levy em 1878 em Vassouras-RJ no século XIX. Benjamin Benatar era um negociante próspero da Vila de Vassouras,

elevada à cidade em 1857; se casou na Igreja Católica, onde batizou seus filhos e foi padrinho de um sobrinho. No entanto, no

leito de morte expressou sua última vontade, morrer na sua fé judaica, causando uma situação inusitada na cidade de Vassouras

do Oitocentos, pois o único cemitério disponível era cristão. A família solicitou uma sepultura eclesiástica, o tribunal eclesiástico

montou um processo que aplicou a sentença de negação de sepultura de acordo com as Constituições Primeiras do Arcebispado

da Bahia, a viúva de Benatar recorreu à Mesa da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia que ofereceu à família, o jardim da

instituição hospitalar, dez dias após o seu falecimento. Quase duas décadas depois, Miguel Levy faleceu e por também professar

a fé judaica foi sepultado no mesmo jardim que Benatar. Como metodologia para esta pesquisa utilizamos fontes primárias,

jornalísticas e revisão de literatura da temática. Esperamos ter contribuído com alguns pontos que poderão esclarecer dúvidas

quanto aos casos desses dois judeus em Vassouras no século XIX e oportunizar novas pesquisas sobre a temática.



Resumo Inglês:

This article seeks to remedy some gaps in order to understand the historical moment of the death of Benjamin Benatar in 1859

and Miguel Levy in 1878 in Vassouras-RJ in the 19th century. Benjamin Benatar was a prosperous businessman from Vila de

Vassouras, elevated to the city in 1857; he married in the Catholic Church, where he baptized his children and was the godfather

of a nephew. However, on his deathbed he expressed his last will, to die in his Jewish faith, causing an unusual situation in the

city of Vassouras of the 1800s, as the only cemetery available was Christian. The family requested an ecclesiastical grave, the

ecclesiastical court mounted a process that applied the sentence of denial of grave according to the First Constitutions of the

Archbishopric of Bahia, the widow of Benatar appealed to the Table of the Brotherhood of Santa Casa de Misericórdia that

offered to the family , the hospital’s garden, ten days after his death. Almost two decades later, Miguel Levy passed away and for

also professing the Jewish faith he was buried in the same garden as Benatar. As methodology for this research we use primary

sources, journalistic and literature review of the theme. We hope to have contributed some points that may clarify doubts about

the cases of these two Jews in Vassouras in the 19th century and provide new research on the subject.