MORFOLOGIA DE FITÔMEROS DE CAPIM-ELEFANTE

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 1

Autores: M. E. R. Santos, R. F. S. F. Aquino, M. C. Romão

Palavras-chave: Pennisetum purpureum, bainha foliar, colmo, lâmina foliar, perfilho.

Resumo Português:

O conhecimento das características morfológicas dos fitômeros permite melhor compreensão
das plantas forrageiras, o que é a base para sua adequada utilização. Dessa forma, esse trabalho foi conduzido para caracterizar a morfologia de fitômeros de Pennisetum purpureum cv. Cameroon (capim-elefante) manejado sob regime de corte. Dois experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizado com três repetições. No primeiro, foram avaliados fitômeros oriundos das porções basal, mediana e apical do perfilho basal e vegetativo de capim-elefante e, no segundo, foi caracterizada a morfologia de fitômeros dos perfilhos basais e aéreos. De modo geral, quando comparado aos fitômeros mais basais, o fitômero da porção apical apresentou menores comprimento (13,5 cm) e percentagem de nó mais entrenó (32,3%), percentagem de folha morta (0,0%), diâmetro do entrenó (0,8 cm) e comprimento da gema axilar (1,4 cm). Padrões de respostas contrários foram observados para o comprimento e a largura da lâmina foliar, e a percentagem de folha verde, que foram superiores na porção apical do perfilho. Com relação à origem dos perfilhos, o basal apresentou fitômeros com maiores diâmetro do entrenó (0,9 cm), comprimento (89,2 cm) e largura (3,3 cm) da lâmina foliar, peso (3,4 g) e percentagem de nó mais entrenó (59,3%), quando cotejado ao perfilho aéreo. Porém, as percentagens de lâmina foliar viva e de bainha foliar viva apresentaram padrões de respostas contrários. O tipo de perfilho não influenciou os comprimentos do entrenó e da bainha foliar. Os fitômeros da porção apical do perfilho vegetativo, bem como aqueles oriundos do perfilho aéreo de capim-elefante, têm morfologia
apropriada à produção animal.

Resumo Inglês:

The knowledge of morphological characteristics of phytomeres allows better understanding
of forage plants, which is the basis for their appropriate use. Thus, this study was conducted to characterize the morphology of Pennisetum purpureum cv. Cameroon (elephantgrass) phytomeres managed under a cutting regime. Two experiments were conducted in a randomized design with three replications. The first study evaluated phytomeres from the basal, middle and apical portions of vegetative and basal tiller of elephantgrass, and in the second study, it was characterized morphology of phytomeres of basal and aerial tillers. In general, when compared to basal phytomeres, the phytomeres of apical portion showed lower length (13.5 cm) and percentage (32.3%) of node plus internode, dead leaf percentage (0.0%), internode diameter (0.8 cm) and length of axillary buds (1.4 cm). Opposite response patterns were observed for length and width of leaf lamina, and green leaf percentage, which were higher in apical portion of tiller. With respect to tiller origin, the basal
tiller showed phytomeres with higher internode diameter (0.9 cm), length (89.2 cm) and width (3.3 cm) of leaf lamina, weight (3.4 g) and percentage of node plus internode (59.3%) when comparing to the aerial tiller. However, the responses patterns of lamina leaf and sheath leaf percentages were opposed. The tillers kind did not affect the length of internode and the leaf sheath. The apical phytomeres of vegetative tiller, as well as those from the aerial tiller of elephantgrass have morphology suitable for livestock production.