Metodologias ativas e internacionalização

Revista Educação e Políticas em Debate

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ISSN: 2238-8346
Editor Chefe: Maria Vieira Silva
Início Publicação: 30/07/2012
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Metodologias ativas e internacionalização

Ano: 2024 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: Anas Zaytouni
Autor Correspondente: Anas Zaytouni | [email protected]

Palavras-chave: Metodologia ativa; Internacionalização; Engenharia pedagógica; Formação de professores; Sistema educacional belga..

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Historicamente, as escolas que se auto-denominavam“escolas em metodologias ativas” alimentavam a esperança de promover a emancipação das classes trabalhadoras e, assim, contribuir para o acesso à educação de qualidade para todos, sendo capaz de transformar as sociedades humanas. Ao longo do tempo, estas escolas investiram em novos meios educativos para agora serem implantadas em contextos sociopolíticos mais heterogêneos. Nesse sentido, o projeto original de democratização parece dar lugar a desvios de inspiração neoliberal, suspeitos de favorecer uma forma de adequação às expectativas da economia de mercado. Esta tendência parece fazer parte de um processo de internacionalização mais global. É neste contexto que compartilhamos nossas reflexões como profissionais sobre esse fenômeno de internacionalização das metodologias ativas, discutindo a criação do primeiro curso universitário de formação continuada destinado a professores em exercício: o certificado universitário em metodologias ativas. Este certificado, que terá uma expansão extra-europeia em breve, pretende responder a uma necessidade de posicionamento institucional que seja ao mesmo tempo ético, solidário e humanista.



Resumo Inglês:

Historically, schools that claimed to have active methodologies fostered the hope of promoting the emancipation of the working classes and, thus, contributing to access to quality education for all, being capable of transforming human societies. Over time, these schools invested in new educational environments to now be implemented in more heterogeneous sociopolitical contexts. In this sense, the original democratization project seems to give way to neoliberal-inspired drifts, suspected of favoring a form of adaptation to the expectations of the market economy. This trend appears to be part of a more global internationalization process. It is in this context that we share our reflections as professionals on this phenomenon of internationalization of active pedagogy methodologies, discussing the creation of the first university continuing education course aimed at practicing teachers: the university certificate in active pedagogy methodologies. This certificate, which will soon have an extra-European expansion, aims to respond to a need for institutional positioning that is at the same time ethical, supportive and humanistic.



Resumo Francês:

Historiquement, les écoles se revendiquant des pédagogies actives nourrissaient l’espoir de promouvoir l’émancipation des classes populaires et de contribuer ainsi à l’accès à une éducation de qualité pour tous, susceptible de transformer les sociétés humaines. Au fil du temps, ces écoles ont investi de nouveaux environnements éducatifs pour se déployer désormais dans des contextes sociopolitiques plus hétérogènes. Ce faisant, le projet de démocratisation originel semble peu à peu céder sa place à des dérives d’inspiration néolibérales soupçonnées de favoriser une forme d’adéquationnisme avec les attendus de l’économie de marché. Cette tendance sembles’inscrire dans un processus d’internationalisation plus global. C’est dans ce contexte que nous partageons l’état de nos réflexions de praticien sur ce phénomène d’internationalisation des pédagogies actives en évoquant la création du premier cursus de formation continuée universitaire destiné aux enseignants en exercice: le certificat universitaire enpédagogies actives. Un certificat dont la prochaine expansion extra-européenne vise à répondre à un besoin de positionnement institutionnel à la fois éthique, solidaire et humaniste.