Métodos de digestibilidade in vitro na avaliação dos alimentos para coelhos

Revista Brasileira de Cunicultura

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ISSN: 2238-4634
Editor Chefe: Luiz Caros Machado
Início Publicação: 13/04/2012
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Multidisciplinar

Métodos de digestibilidade in vitro na avaliação dos alimentos para coelhos

Ano: 2014 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: L. C. Machado, W. M. Ferreira, A. C. C. Euler, W. T. V. Carvalho, R. M. Maurício, G. R. Moreira, A.Geraldo
Autor Correspondente: L. C. MACHADO | [email protected]

Palavras-chave: rabbit production, gas production, semi-automatic method, and Terry Tilley.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os ensaios de determinação da digestibilidade in vitro são mais rápidos, práticos e econômicos quando comparados aos ensaios in vivo. Este estudo objetivou identificar e avaliar diferentes técnicas de determinação in vitro para coelhos, determinando a degradabilidade, digestibilidade, produção de gases e cinética de fermentação. Foram utilizados sete grupos de coelhos doadores, compostos cada um por três animais de 75 dias de idade, que recebiam sete diferentes dietas experimentais divididas em tradicional, simplificada e semi-simplificadas. A avaliação dos métodos de digestibilidade in vitro foi realizada através de dois métodos. O primeiro consistiu do método in vitro de produção de gases onde cada grupo forneceu material para uma repetição de todas as dietas experimentais avaliadas (tratamentos), sendo consideradas 49 unidades experimentais. Foi medida a pressão em intervalos previamente definidos e através de equação matemática se determinou o Volume de Gases Produzido (VGP). Foram determinadas também a correlação entre a digestibilidade in vivo e a degradabilidade in vitro bem como entre a digestibilidade in vivo e o VGP. O segundo método in vitro consistiu do tradicional de duas etapas, modificado de tal forma que foram utilizadas quatro diferentes técnicas, sendo modificados o tempo da primeira fase (12 ou 24h) e o meio para execução da segunda fase (digestão ácida com pepsina ou digestão com o detergente neutro). Como inóculo, foi utilizada mistura de material colhido a partir do ceco de coelhos de 75 dias de idade. Foram avaliadas sete dietas experimentais sendo uma tradicional, uma simplificada e cinco semi-simplificadas. Para obtenção dos valores base foi realizado experimento in vivo, antes da determinação in vitro. Ao estudo da modificação do tradicional método de duas etapas, foram feitas somente comparações descritivas e regressão simples. Foram observadas diferenças significativas entre a degradabilidade da matéria seca e degradabilidade da matéria orgânica, bem como para o volume de gases produzidos. A dieta referência apresentou os maiores valores de degradabilidade in vitro bem como de VGP. As equações de regressão linear encontradas apresentaram elevado coeficiente de determinação, indicando a possibilidade de utilização da técnica de produção de gases. Em relação às modificações propostas ao método de digestibilidade in vitro proposto por Tilley e Terry, dentre as metodologias testadas, a de 12 h de fermentação, com posterior digestão ácida com pepsina, apresentou maior similaridade com os valores in vivo. A partir da regressão linear, foi verificada alta correlação entre os dados de digestibilidade in vivo e de digestibilidade in vitro obtidos em todas as metodologias. Os métodos de digestibilidade in vitro se mostraram eficientes na avaliação dos alimentos para coelhos.



Resumo Inglês:

Tests to determine the in vitro digestibility are faster, practical and economical when compared to in vivo. This study aimed to identify and evaluate different in vitro techniques, to determine the degradability, digestibility, gas production and fermentation kinetics for rabbits. Seven groups of donor rabbits, each one with by 3 animals of 75 days of age, received seven different experimental feed (one traditional, one simplified and five semi – simplified) were used. The evaluation ofin vitro methods was made using two tests. The first consisted of in vitro gas production method where each group provided a repetition of all the tested diets (treatments), being considered 49 experimental units. The pressure was measured at predefined intervals and by mathematical equation the determination of the Volume of Gas Produced (VGP) was made. The correlation between in vivo digestibility and degradability in vitro and between in vivo digestibility and VGP was also determined. The second method consisted of the in vitro by two step method, modified. Four different techniques were used, varying the time of the first stage (12 and 24h), and the form of execution of the second phase (acidic pepsin digestion or digestion with neutral detergent). A mix of material was used as inoculum to mix the material collected from the 75 day old rabbit cecum. To determine base values, an experiment in vivo took place.The same experimental diets were utilized. To study the modification of the two stage traditional test, only descriptive comparisons and simple regression were made. Significant differences between the degradability of dry matter and the degradability of the organic matter was observed, as well as the VGP. The reference diet had the highest values of in vitro degradability as well as VGP. The linear regression equations found high coefficient of determination, indicating the possibility of using the technique of gas production. About the changes to the traditional test, the fermentation of 12 h with subsequent acid digestion with pepsin, showed a greater similarity with the values in vivo. From the linear regression, there was a high correlation between the data of digestibility in vivo and in vitro obtained from all methodologies, considering the exclusion of data obtained from diets containing cassava leaves flour. In vitro methods proved to be efficient in the evaluation of feed for rabbits.



Resumo Espanhol:

Las pruebas para determinar la digestibilidad in vitro son más rápidas, prácticas y económicas en comparación con las pruebas in vivo. Este estudio tuvo como objetivo identificar y evaluar diferentes metodologías para la valoración in vitro de los alimentos para conejos, determinando la degradabilidad, la digestibilidad, la producción de gas y la cinética de fermentación. Se utilizaron siete grupos de conejos para la donación de inóculo, cada uno compuesto por tres animales de 75 días de edad, que recibieron siete diferentes dietas, divididas en tradicional, simplificada y semisimplificadas. Las evaluaciones in vitro para conejos se realizaron utilizando dos métodos. El primer método consistió en la producción semiautomática de gas, donde cada grupo ha proporcionado material para una repetición de todas las dietas experimentales evaluadas (tratamientos), considerando siete repeticiones y 49 unidades experimentales. Se midió la presión de gas a intervalos definidos previamente y por una ecuación matemática se determinó el volumen de gas producido (VGP). Fueran determinadas también la correlación entre la digestibilidad in vivo y degradabilidad in vitro además de la digestibilidad in vivo y el VGP. El segundo experimento consistió del tradicional método de dos etapas modificado de modo que se utilizaron cuatro metodologías diferentes. Hubo la modificación del tiempo de la primera etapa (12 o 24h) y los medios para la ejecución de la segunda etapa (digestión ácida con pepsina o la digestión con detergente neutro). Como inóculo se utilizó una mezcla de material recogido de ciegos de conejos de 75 días de edad, que han recibido las mismas dietas experimentales señaladas anteriormente. Para obtener los valores básicos se llevó a cabo un experimento in vivo antes de la determinación in vitro. Para evaluar la modificación del método tradicional de dos etapas se hicieron comparaciones descriptivas y regresión simples. Se observaron diferencias significativas entre la degradabilidad de la materia seca y la degradabilidad de la materia orgánica, así como el volumen de gas producido. La dieta referencia tuvo los más altos valores de degradabilidad in vitro, así como VGP. Las ecuaciones de regresión lineal tuvieron elevado coeficiente de determinación, lo que indica la posibilidad de utilizar la técnica de producción de gas para la valoración de la digestibilidad de los alimentos. En cuanto a los cambios propuestos en el método de digestibilidad in vitro en dos etapas, una de las metodologías probadas, la de 12h de fermentación con posterior digestión ácida con pepsina, mostró una mayor similitud con los valores in vivo. A partir de la regresión lineal, hubo una alta correlación entre los datos de la digestibilidad in vivo y digestibilidad in vitroobtenido en todas las metodologías. Los métodos de digestibilidad in vitro fueron eficaces en la evaluación de los alimentos para conejos.