Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937: indigenous or introduced? A brief review

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

Endereço:
Rodovia BR-316 km 7 - s/n - Levilândia
Ananindeua / PA
67030-000
Site: http://revista.iec.gov.br
Telefone: (91) 3214-2185
ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937: indigenous or introduced? A brief review

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Fernando Tobias Silveira, Carlos Eduardo Pereira Corbett
Autor Correspondente: Fernando Tobias Silveira | [email protected]

Palavras-chave: Leishmania, Leishmaniose Visceral, Leishmania chagasi

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta revisão aborda a etiologia da leishmaniose visceral americana devido a uma recente polêmica sobre a origem do seu agente etiológico, a Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937. Conforme é sabido, este parasito foi descrito como uma nova espécie de Leishmania em razão da sua incapacidade de produzir, experimentalmente, a leishmaniose visceral no cão doméstico; este caráter a diferenciou de outro agente etiológico já conhecido da leishmaniose visceral na Bacia do Mediterrâneo na Europa: Leishmania infantum Nicolle, 1908. Após 50 anos da descrição da Leishmania chagasi, o gênero Leishmania sofreu ampla revisão e o parasito foi reclassificado como um membro do subgênero Leishmania, espécie Leishmania (Leishmania) chagasi. Recentemente, em seguida a uma análise molecular usando a técnica da amplificação aleatória polimórfica do DNA (RAPD), que comparou a L. (L.) chagasi com a L. (L.) infantum, foi concluído que ambos os parasitos eram geneticamente indistinguíveis e, portanto, que a L. (L.) chagasi era sinônimo de L. (L.) infantum. Por esse motivo, esta revisão procurou agregar todo o conhecimento sobre a eco-epidemiologia da L. (L.) chagasi na Amazônia brasileira, principalmente acerca dos hábitos silvestres de seu flebotomíneo vetor, Lutzomyia longipalis, e seu reservatório vertebrado, a raposa do campo Cerdocyon thous, com o propósito de demonstrar que a L. (L.) chagasi não pode ser negligenciada do cenário parasitológico da leishmaniose visceral no Novo Mundo; ela deve ser considerada, pelo menos em um nível subespecífico, como Leishmania (L.) infantum chagasi.



Resumo Inglês:

This review focused on the etiology of American visceral leishmaniasis due to a recent polemic regarding the origin of its etiological agent, Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937. This parasite was described as a new Leishmania species in light of its inability to produce experimentally visceral disease in domestic dogs; this characteristic distinguished it from the other prior known etiologic agent of visceral leishmaniasis in the Mediterranean Basin of Europe, Leishmania infantum Nicolle, 1908. After 50 years of Leishmania chagasi investigation, the genus Leishmania was reviewed and the parasite was reclassified as a member of the subgenus Leishmania, species Leishmania (Leishmania) chagasi. Recently, after molecular analysis using the random amplified polymorphic DNA (RAPD) technique that compared L. (L.) chagasi with L. (L.) infantum, it was concluded that these species were genetically indistinguishable and, therefore, L. (L.) chagasi was regarded as synonymous with L. (L.) infantum. For this reason, this review has evaluated all knowledge concerning the eco-epidemiology of L. (L.) chagasi in the Brazilian Amazon, principally in regard to the sylvatic habits of its phlebotomine sandfly vector, Lutzomyia longipalpis, and its vertebrate reservoir, the wild fox Cerdocyon thous, with the aim of showing that L. (L.) chagasi cannot be neglected from the parasitological investigation of visceral leishmaniasis in the New World; it must be considered, at least, at the subspecific level as Leishmania (L.) infantum chagasi.



Resumo Espanhol:

Esta revisión aborda la etiología de la leishmaniasis visceral americana debido a una reciente polémica sobre el origen de su agente etiológico, la Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937. Como se sabe, este parásito fue destrito como una nueva especie de Leishmania en razón de su incapacidad de producir, experimentalmente, la leishmaniasis visceral en el perro doméstico; este carácter la diferenció de otro agente etiológico ya conocido de leishmaniasis visceral en la Cuenca del Mediterráneo en Europa: Leishmania infantum Nicolle, 1908. Luego de 50 años de la descripción de la Leishmania chagasi, el género Leishmania ha sufrido amplia revisión y el parásito fue reclasificado como un miembro del subgénero Leishmania, especie Leishmania (Leishmania) chagasi. Recientemente, en seguida a un análisis molecular usando la técnica de amplificación aleatoria polimórfica del DNA (RAPD), que comparó L. (L.) chagasi con L. (L.) infantum, se concluye que ambos parásitos eran genéticamente indistinguibles y, por lo tanto, que L. (L.) chagasi era sinónimo de L. (L.) infantum. Por ese motivo, esta revisión buscó agregar todo el conocimiento sobre la ecoepidemiología de L. (L.) chagasi en la Amazonía brasileña, principalmente acerca de los hábitos silvestres de su flebótomo vector, Lutzomyia longipalis, y su reservorio vertebrado, el zorro de campo Cerdocyon thous, con el propósito de demostrar que no se debe ser negligente con L. (L.) chagasi en el escenario parasitológico de la leishmaniasis visceral en el Nuevo Mundo; debe ser considerada, al menos en un nivel subespecífico, como Leishmania (L.) infantum chagasi.