Juventudes negras LGBTQI+ no Brasil

Cadernos de Gênero e Diversidade

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ISSN: 25256904
Editor Chefe: Felipe Bruno Martins Fernandes
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Juventudes negras LGBTQI+ no Brasil

Ano: 2022 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: A. P. C. Reis, V. R. S. Cavalcanti, P. Rezende-Campos
Autor Correspondente: P. Rezende-Campos | [email protected]

Palavras-chave: Juventudes, Racismo, LGBTQI, Violências, Letalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Identidades e alteridades tem sido campo paradoxal e que ocupa esferas e dimensões dos Direitos Humanos. Quando a delimitação é sobre diversidades e conexões identitárias os caminhos, as agendas, as políticas e os debates ganham novos contornos e expressões em Tempo Presente (últimos cinquenta anos). Almeja-se com a propositura deste artigo evidenciar as violências sobrepostas contra juventude negra LGBTQI+ no Brasil, em face a (in)visibilidade estatística e social da letalidade com urgência de utilização de abordagem interseccional cunhada pela intelectual afro-estadunidense Kimberley Crenshaw (1991), reverberada por Carla Akotirene (2018). Os/As jovens LGBTQI+ perpassam por violações aos direitos individuais e coletivos, presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), e na Constituição Federal (1988). As violências tem territórios, cor/etnia, faixa etária, identidade de gênero e orientação sexual definidas. Dentre os altos índices de violências, a morte precoce e sistemática de jovens negros/as LGBTQI+ é uma realidade latente no Brasil nas últimas décadas.Vulnerabilidades evidenciadas através dos ensinamentos de Maria do Céu Patrão Neves (2006), e Florência Luna (2008), consubstanciado a Teoria Social elencada por Silvio Almeida (2018), Ângela Davis (2003), Lélia González (1980), Achille Mbembe (2016), acerca da compreensão da desumanização de corpos baseada num critério étnico-racial, endossada pela LGBTfobia, que atribui ao Estado o poder de decidir quem vive e quem morre.