A Carta Política de 1988 estabeleceu que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Diante da incapacidade do Poder Executivo em dar efetividade a esse direito, o Poder Judiciário tem obrigado o Estado a custear medicamentos pleiteados individualmente. O problema se refere aos limites das determinações judiciais. As concessões individuais também prejudicam o atendimento coletivo, desorganizam as contas públicas e deslocam recursos previamente programados. Partindo do método dedutivo, o estudo tem por objetivo evidenciar que a escassez dos recursos públicos conduz à ideia de que a efetivação do direito individual à saúde apresenta custos econômicos que geram consequências para a coletividade. Conclui-se que a decisão judicial, nesses casos, não deve prescindir dos fundamentos econômicos e consequencialistas da análise econômica.
The Constitution of 1988 has determined that health is a right for all and a government obligation. Faced with the inability of the Executive Branch to ensure this right, the Judiciary Branch has compelled the government to pay for the drugs that are being applied for individually. The problem refers to the limits of the judicial stipulations. Individual concessions also jeopardize collective service, disrupt public accounts and displace resources previously planned. Starting from a deductive method, the study aims to emphasize the scarcity of public resources leads to the idea that the establishment of the individual right to health has economic costs that results in consequences for the public. The conclusion is that the decision of the court, in these cases, should not dispense with the economic fundamentals and consequences of economic analysis.
La Carta Política de 1988 estableció que la salud es derecho de todos y deber del Estado. Ante de la incapacidad del Poder Ejecutivo en dar efectividad a ese derecho, el Poder Judicial ha obligado al Estado a costear medicamentos pleiteados individualmente. El problema se refiere a los límites de las determinaciones judiciales. Las concesiones individuales también perjudican la atención colectiva, desorganizan las cuentas públicas y dislocan recursos previamente programados. Partiendo del método deductivo, el estudio tiene por objetivo evidenciar que la escasez de los recursos públicos conduce a la idea de que la efectivación del derecho individual a la salud presenta costos económicos que generan consecuencias para la colectividad. Se concluye que la decisión judicial, en esos casos, no debe prescindir de los fundamentos económicos y consecuencialistas del análisis económico.