Introdução: Pacientes com diagnóstico de doenças autoimunesapresentamem função da própria doença de base ou do tratamento por drogas imunossupressoras, um maior risco de ocorrência de manifestações graves das parasitoses intestinais. Objetivo.Opresente estudo visouavaliar a prevalência de parasitoses intestinais em portadores de doenças autoimunes e em uso de imunossupressores.Metodologia. Foi realizada uma busca ativa através dos prontuários dos pacientes da Reumatologia do Ambulatório de Especialidades Médicas da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL). Para cada participante foi aplicado um questionário padrão, levando em consideração,caracterização e características socioeconômicas, ambientais,hábitos sanitários econdições clínicas.Para identificação dos parasitos foi realizado o exame parasitológico de fezes pelo método de Hoffman, Pons e Janner.Resultados.Foram realizadas14 entrevistas e 08 exames parasitológicosde fezes. Houve uma predominânciano sexo femininonos pacientes analisados(85,7%)eas patologias mais encontradas foram Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)e Artrite Reumatoide (AR), sendocada uma com 35,7%. A polifarmácia esteve presente em todos os participantes. Das medicações utilizadas, o Metotrexato se fez presente em 100% dos participantes, seguido pela Azatioprina (75%) e pela Prednisona (61%). Não foi encontrada positividade de nenhuma espécie de parasito nas fezesanalisadas.Conclusão.Devido àescassez de estudos de correlação entre parasitoses intestinais e doenças autoimunes, existe uma grande necessidade de aprofundar-se nessa temática, tendo em vista que as parasitoses intestinais são problemas de saúde pública em todo o Brasil e associadasa uma condição de imunossupressão podemapresentar graves repercussões passíveis de serem evitadas.
Introduction.Patients diagnosed with autoimmune diseases have a higher risk of serious manifestations of intestinal parasitosisdue their own disease or their treatment with immunosuppressive drugs. Objective.The present study aimed to evaluate the prevalence of intestinal parasitosis in patients with autoimmune diseases and in use of immunosuppressants. Methods.It was analyzed the medical records of reumathological patients from the Ambulatory of Medical Specialitiesof the University of Health Sciences of Alagoas(UNCISAL). For each participant, a standard questionnaire was appliedconsidering socioeconomic and environmental characteristics, sanitary habits and their clinical conditions. Parasitological examination of feces was performedin the participants. Results.There were 14 interviews and 08 fecal parasitological examinations. There was a predominance of females in the patients analyzed (85.7%). The most common pathologies were Systemic Lupus Erythematosusand Rheumatoid Arthritis, each with 35.7%. Polypharmacy was present in all participants.The prevalence of medication was a 100% to Methotrexate, followed by Azathioprine (75%) and Prednisone (61%). No positivity of any species of parasite was found in the fecesanalyzed. Conclusion.Due to the scarcity of studies on the correlation between intestinal parasites and autoimmune diseases, there is a great need to deepen this theme, given that intestinal parasites are public health problems throughout Brazil and associated with this condition can have serious repercussions avoidable.