Interseccionalidade no esporte: reflexões sobre o estudo com as árbitras de futebol e o método corpo-experiência

Revista Brasileira de Estudos da Homocultura (REBEH)

Endereço:
Avenida Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
Cuiabá / MT
Site: http://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/index
Telefone: (63) 9988-4412
ISSN: 2595-3206
Editor Chefe: Bruna Andrade Irineu
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Interseccionalidade no esporte: reflexões sobre o estudo com as árbitras de futebol e o método corpo-experiência

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 3
Autores: Ineildes Calheiro, Eduardo David Oliveira
Autor Correspondente: Ineildes Calheiro | [email protected]

Palavras-chave: Interseccionalidade no esporte; corpo-experiência; divisão sexual.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse estudo tem como objetivo refletir sobre a divisão racial e sexual no esporte, e o corpo-experiência-interseccional como método, tendo como recorte a esfera futebolística, a partir dos resultados da pesquisa concluída, intitulada “As mulheres árbitras de futebol: um estudo sobre tecnologias de gênero e perspectivas da divisão sexual do trabalho”4. Trata-se de abordar os resultados enfatizados no contexto da interseccionalidade, refletindo sob um olhar para além, visando pensar os tensionamentos nos marcadores da diferença no campo esportivo de forma mais abrangente, bem como debater sobre possíveis ações políticas. Na pesquisa analisada foi investigada a divisão sexual no trabalho de arbitragem, considerando a racialização, sendo utilizada a perspectiva interseccional impulsionada pelo corpo-experiência, com a pesquisadora desde dentro: implicada-participante, partindo dos marcadores em seu próprio corpo, como raça, sexualidade, classe, território e suas experiências como árbitra. O material empírico constituiu-se de análise documental e narrativas das árbitras. Teoricamente fundamentada em estudos raciais, de gênero, inclinando-se no ponto de vista e nos feminismos, e tendo como resultados principais: a divisão sexual no futebol; submissão de gênero; dupla opressão das mulheres negras e exclusão. As desigualdades são apontadas a partir de um número ínfimo de mulheres no quadro, bem como menor participação do trabalho de arbitragem em comparação com os homens. A saber, o campo futebolístico é androcêntrico, organizado em forma de política de gênero, lugar de macho e branco.



Resumo Inglês:

This study aims to reflect on the racial and sexual division in sport, and the body-experience-intersectional as a method, having as a cut the football sphere, from the results of the completed research, entitled “Women soccer referees: a study on gender technologies and perspectives on the sexual division of labor ”4. It is about addressing the results emphasized in the context of intersectionality, reflecting from a look beyond, aiming to think about the tension in the markers of difference in the sports field in a more comprehensive way, as well as to debate about possible political actions. In the research analyzed, the sexual division in the arbitration work was investigated, considering racialization, using the intersectional perspective driven by the body-experience, with the researcher from the inside: involved-participant, starting from the markers in her own body, such as race, sexuality , class, territory and your experiences as a referee. The empirical material consisted of documentary analysis and narratives of the referees. Theoretically based on racial, gender studies, leaning on the point of view and feminisms, and having as main results: the sexual division in football; gender submission; double oppression of black women and exclusion. Inequalities are pointed out from the small number of women in the staff, as well as less participation in the arbitration work compared to men. Namely, the football field is androcentric, organized in the form of gender politics, a place of male and white.



Resumo Espanhol:

Este estudio tiene como objetivo reflexionar sobre la división racial y sexual en el deporte, y la experiencia de la intersección corporal como método, teniendo como corte la esfera del fútbol, ​​a partir de los resultados de la investigación completa, titulada "Mujeres árbitros de fútbol: un estudio sobre tecnologías de género y perspectivas sobre la división sexual del trabajo ”4. Se trata de abordar los resultados enfatizados en el contexto de la interseccionalidad, reflexionando desde una mirada más allá, con el objetivo de pensar en la tensión en los marcadores de diferencia en el campo deportivo de una manera más integral, así como debatir sobre posibles acciones políticas. En la investigación analizada, se investigó la división sexual en el trabajo de arbitraje, considerando la racialización, utilizando la perspectiva interseccional impulsada por la experiencia corporal, con el investigador desde adentro: participante involucrado, a partir de los marcadores en su propio cuerpo, como la raza, la sexualidad. , clase, territorio y tus experiencias como árbitro. El material empírico consistió en análisis documentales y narraciones de los árbitros. Teóricamente basado en estudios raciales, de género, apoyándose en el punto de vista y feminismos, y teniendo como principales resultados: la división sexual en el fútbol; sumisión de género; doble opresión de las mujeres negras y exclusión. Las pequeñas desigualdades se señalan en el pequeño número de mujeres en el personal, así como la menor participación en el trabajo de arbitraje en comparación con los hombres. A saber, el campo de fútbol es androcéntrico, organizado en forma de política de género, un lugar de hombres y blancos.