Este trabalho tem por objetivo refletir sobre o modo pelo qual a infância no Brasil vem sendo sistematicamente judicializada e potencialmente tratada como infratora ao longo de sua história. Intenta dessa forma, lançar luz sobre esta questão, problematizando como tal processo tem influído na vida privada e afetado a percepção de direitos e deveres do cidadão, delegando à instância judicial o papel de resolver demandas cotidianas, interferindo na função educativa das famílias. Neste sentido, busca pensar como a concepção de infância e adolescência vem progressivamente se transformando, tornando-se cada vez mais passível de ações judiciais e transgressora das normas instituídas.