IMAGEM, BRANQUEAMENTO E BRANQUITUDE NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Revista Binacional Brasil-Argentina

Endereço:
Praça Sá Barreto - s/n - Centro
Vitória da Conquista / BA
45000625
Site: http://periodicos2.uesb.br/index.php/rbba/index
Telefone: (77) 3421-3894
ISSN: 2316-1205
Editor Chefe: José Rubens Mascarenhas de Almeida
Início Publicação: 30/06/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

IMAGEM, BRANQUEAMENTO E BRANQUITUDE NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Ano: 2018 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: E. Q. de Souza, N. F. Dinis
Autor Correspondente: E. Q. de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Educação Infantil, Raça, Etnia, Criança Negra.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este    artigo    propõe    uma    análise    investigativa    das produções  imagéticas  que  ornamentam  os  espaços  das instituições  de  educação  infantil,  particularmente  painéis, fotos,  gravura  e  como estas  imagens  representam  uma relação de  saber   e  poder  sobre  processos   racistas  de branqueamento  nas  instituições  de  educação  infantil.  A partir   de   uma   abordagem   qualitativa   e   de   base   pós-estruturalista,  buscamos  analisar  os  discursos  imagéticos encontrados  em  doze  instituições  de  educação  infantil  no município    de    Itapetinga-BA.    A    referida    pesquisa aconteceu  nos anos  de  2013  e  2014.  Os  resultados  da pesquisa  apontam  para  a  necessidade  de  se  desmistificar os conceitos de raça e cor nos espaços escolares, pois estas ainda     se     encontram     enraizadas na     cultura     do branqueamento na qual seus espaços são ornamentados, na sua  grande  maioria,  com  crianças  com  fenótipos  brancos sendo  que  o  quadro  real  das  escolas  é  composto  por crianças   negras.   Faz-se   necessário   ainda   se   pensar   a formação  continuada  desses profissionais  da  educação, enfatizando  um  conhecimento  maior  sobre  as  questões étnicas e raciais. 



Resumo Espanhol:

Este   artículo   propone   un   análisis   investigador   de   las producciones de imágenes que embellecen los espacios de las   instituciones   de   enseñanza   infantil,   en   particular paneles,   foto,   impresiones    y   cómo    estas    imágenes representan  una  relación  de  saber  y  poder  sobre  procesos racistas  de  blanqueo  en  las  instituciones  de  enseñanza infantil.  A  partir  de  un  abordaje calitativo  y  de  base postestructuralista,   buscamos   analizar   los   discursos   de imágenes  encontrados  en  doce  instituciones  de  enseñanza infantil   en   el   condado   de   Itapetinga –Ba.   La   dicha investigación  sucedió  en  los  años  de  2013  y2014.  Los resultados de la investigación apuntan para la necesidad de se  desmistificar  los  conceptos  de  raza  y  color  en  los espacios escolares, pues estas aún se encuentran arraigadas en  la  cultura  del  blanqueo  en  la  cual  sus  espacios  son embellezados, ensu gran mayoría, con niños con fenotipos blancos  siendo  que  el  cuadro  real  de  las  escuelas  es compuesto  por  niños  negros.  Se  hace  necesario  aún  se pensar  la  formación  continua  de  eses  profesionales  de  la educación,  enfatizando  un  conocimiento  mayor  acercade las cuestiones étnicas y raciales.Palabras  claves: Enseñanza  infantil.  Raza.  Etnia.  Niño negro.1.Introdução Segundo  o Dicionário  Etimológico  da  Língua  Portuguesa,o  vocábulo  imagem provém do latim imagoe é definido como representação de um objetopelo desenho, pintura, escultura;  como  representação  mental  de  uma  sensação,  reflexo  de  um  objeto  no  espelho  ou na  água;  como  figura,  comparação,  semelhança. Para  o Dicionário  Analógico  da  Língua Portuguesa:   idéias   afins,a   palavra   imagem   é   definida   como representação,   imitação, ilustração,  símbolo,  desenho,  iconografia,  iconologia.  No Dicionário de  Filosofia,  Nicola Abbagnano  (2000)  faz  uma  revisão  histórica  do  termo  e  o  define  como  semelhança  ou  sinal das coisas e que, para Aristóteles, seria produto da imaginação, sensação ou percepção. Já na filosofia moderna, o termo imagem começa a perder terreno para a ideia de representação.