A hospitalização como agente desencadeador do desamparo no paciente idoso internado

Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano

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ISSN: 16797930
Editor Chefe: Adriano Pasqualotti
Início Publicação: 31/12/2003
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

A hospitalização como agente desencadeador do desamparo no paciente idoso internado

Ano: 2010 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: D. F. Freitas, K.S. Wanderley
Autor Correspondente: D. F. Freitas | [email protected]

Palavras-chave: Desamparo, Idoso, Hospitalização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho refere-se ao atendimento
psicológico de um paciente idoso
internado na enfermaria do Serviço de
Geriatria e Crônicos do Hospital do Servidor
Público Estadual Francisco Morato de
Oliveira. Trata-se de uma paciente de 69
anos, do sexo feminino, internada na enfermaria
de geriatria em razão de fraqueza
intensa e falta de ar, sem comprometimento
auditivo, psíquico, cognitivo, bem como
ausência de distúrbio de linguagem, para
que a coleta de dados e, consequentemente,
a conclusão dessa pesquisa não fossem
comprometidas. Utilizou-se o método de
entrevista semiaberta, obedecendo-se aos
preceitos éticos e preservando-se a integridade
da paciente. Com base norteadora
num referencial psicanalítico, o presente
artigo propõe uma reflexão sobre o desamparo
do paciente idoso internado. Como o
desamparo é inerente à condição humana
e é regido por sucessivas perdas que nos
acompanham durante nossa existência e
se agravam com as doenças e suas consequentes
sequelas, promovemos uma reflexão
quanto à forma de abordagem ao
paciente idoso pela equipe, pois a forma de atuação dos profissionais durante sua
hospitalização é uma variável significativa
no aumento ou no alívio do sentimento
de desamparo. O resultado mostrou que o
impacto da hospitalização e a instalação
da doença como uma situação de crise
fragilizam o indivíduo idoso e abalam seus
recursos psíquicos construídos ao longo da
vida. Portanto, a conduta acolhedora pela
equipe constitui-se em diferencial significativo
na hospitalização do idoso internado.