Classica

Endereço:
FALE-UFMG Av. Antônio Carlos, 6627 Pampulha - Belo Horizonte
Belo Horizonte / MG
31270-901
Site: http://revista.classica.org.br/classica/index
Telefone: (31) 3409-5103
ISSN: 2176-6436
Editor Chefe: Luisa Severo Buarque de Holanda
Início Publicação: 30/06/1988
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Homero nos poetas líricos: recepção e transmissão

Ano: 2016 | Volume: 29 | Número: 1
Autores: Adrian Kelly
Autor Correspondente: A. Kelly | [email protected]

Palavras-chave: Homero; Estesícoro; intertextualidade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A pesquisa acadêmica sobre Homero está crescentemente inclinada a usar um modelo estematológico para explicar a relação do poeta com seus predecessores, sejam gregos ou não gregos: isto é, Homero aparentemente usou poemas escritos e fixos na maneira alusiva de Calímaco ou Virgílio. Todavia, à parte seus profundos problemas metodológicos, essa concepção da cultura poética grega não encontra paralelo ou apoio na recepção de Homero nos poetas líricos arcaicos gregos mais antigos: não há nestes uma boa evidência de uma cultura literária altamente alusiva até a metade do séc. VI a.C., na poesia de Estesícoro, cuja obra representa uma clara mudança no modo como os textos homéricos são conhecidos, recebidos e recriados. ‘Não há Virgílios’ na Grécia arcaica, e a concepção não tem lugar na história da literatura grega mais antiga.



Resumo Inglês:

Homeric scholarship is increasingly inclined to use a stemmatological model to explain the poet’s relationship to his forebears, whether Greek or non-Greek: that is, Homer apparently used written and fixed poems in the allusive manner of Callimachus or Virgil. However, aside from its profound methodological problems, this conception of Greek poetic culture finds no parallel or support in the reception of Homer in the early Greek lyric poets: there is no good evidence there for a highly allusive literary culture until the middle of the 6th century BC, in the poetry of Stesichorus, whose work represents a clear shift in the way Homer’s texts are known, received and recreated. ‘ There are no Virgils’ in Archaic Greece, and the conception has no place in the history of early Greek literature.