HISTÓRIA URBANA BRASILEIRA E OS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS

Thêma et Scientia

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ISSN: 2237843X
Editor Chefe: Eduardo Miguel Prata Madureira
Início Publicação: 31/12/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

HISTÓRIA URBANA BRASILEIRA E OS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: C. S. Dias, S. I. S. Dias
Autor Correspondente: C. S. Dias | [email protected]

Palavras-chave: Brasil, planejamento urbano, história urbanismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A gestão municipal atual no Brasil é feita através da participação popular e de planejamento estratégico. Para que esta política seja melhor compreendida, é necessário recuperar a história das cidades brasileiras. Até o século XVIII, os assentamentos tiveram pequeno desenvolvimento, caracterizando-se como cidades portuárias. No século XIX a coroa portuguesa desloca-se para o Brasil e investe em desenvolvimento urbano e intelectual. Influências de Haussmann foram consideravelmente empregadas. Este tipo de modelo dura, sem grandes alterações, até a construção de Brasília. A ditadura militar adota o modelo urbano de Brasília e o difunde por todo o país. O cenário urbano foi desenhado com instrumentos baseados em modelos de cidades ideais, a ser alcançado com coeficientes e outros parâmetros, que proliferaram nas leis urbanas. A partir da década de 1980, seguindo tendências mundiais, a falência desse modelo urbano tornou-se claro. Correntes pós-modernas a criticam e defendem o fato de que cada cidade deve ter a sua "imagem" própria. Este modelo, ao criar ícones locais, segue ideais mercantilistas. Sobre esse processo, algumas cidades são exitosas, e outras não. Atualmente, a crise urbana atinge níveis globais com o seu crescimento crescente. No Brasil, as estratégias urbanas enfatizam pactos, considerando a cidade como uma prática social. A nova abordagem parte do pressuposto de que as cidades possuem muitos agentes atuando. Considera-se que o planejamento urbano começa a partir de 1850, copiando modelos francês e desconsiderando a cultura local. A partir desse momento, as cidades brasileiras começaram a ter duas faces: legal e real. Com Brasília, glorificam-se planos nacionais tecnicistas. O fracasso do modelo racionalista vem da ausência de participação popular. Atualmente, o processo de planejamento propõe uma forma participativa de pensar. Considera-se que o desafio brasileiro é de que governo e população gerem processo de planejamento eficaz e constante em conjunto e não somente reescrevam políticas públicas.



Resumo Inglês:

Current municipal management in Brazil is made through popular participation and strategic planning. For this policy to be better understood, it is necessary to recover the history of Brazilian cities. Until the XVIII century, settlements showed little development, being characterized as port cities. On the XIX century the Portuguese crown moves to Brazil and invests on urban and intellectual developments. Influences of Haussmann’s plan were considerably spread. This sort of model lasts, without major changes, until the construction of Brasilia. The military dictatorship adopts the urban model of Brasilia and diffuses it throughout the country. The urban scenery was designed with instruments based in models of ideal cities, to be reached with coefficients and other parameters, which proliferated in urban laws. From the 1980’s, following global tendencies, the failure of this urban model became clear. Post modern currents criticize and defend the fact that each city should have its own “image”. This model, when creating local icons, does it following mercantilist ideals. On that process, some cities have worked out and some not. Currently, the urban crisis reaches global levels with its unstoppable growth. In Brazil, urban strategies emphasize social pacts, considering the city as a social practice. The new approach parts from the assumption that cities possess many acting agents. It is considered that urban planning begins from the 1850’s, copying French models and disconsidering local culture. From that time on, Brazilian cities began to have two faces: legal and real. With Brasilia, national plans glorified technicality. The failure of the rationalistic model comes from the absence of popular participation. Currently, the planning process proposes a participative way of thinking. Concluding, it considers that the Brazilian challenge is that government and population seek effective and constant planning processes together, not only rewrite public policies.