O presente artigo retrata reflexões sobre o âmbito da educação e as relações étnico-raciais, com foco em questões curriculares por meio das trajetórias, histórias e memórias de mulheres negras. Ele está atrelado aos estudos e às análises do Coletivo GENINHAS – Grupo de Extensão, Pesquisa e Ensino em Educação das Relações Étnico-Raciais (GENINHAS – GEPE/ERER), em especial as discussões realizadas no grupo de estudos GENINHAS. Com base em epistemologias negras, este texto apresenta como objetivo: debater sobre as possibilidades para a práxis de um currículo afrocentrado a partir das histórias de mulheres negras nas cenas do carnaval da cidade de Florianópolis, Santa Catarina. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, além de entrevistas semiestruturadas com familiares da nossa protagonista Geninha e com as demais mulheres negras envolvidas nas escolas de samba de Florianópolis. A partir do (re)conhecimento dessas histórias, trajetórias, memórias e narrativas, constatamos que elas podem se constituir como integrantes de uma cultura negra que corrobora para uma perspectiva de currículo afrocentrado. Contudo, tais conhecimentos não são abordados de modo expressivo no cotidiano educacional. Almejamos, com essa produção textual, contribuir para a implementação de uma educação antirracista.
This article portrays reflections in the field of education and ethnic-racial relations, focusing on curricular issues through the trajectories, stories and memories of black women. It is linked to the studies and analyzes of the GENINHAS Collective – Extension, Research and Teaching Group in Education of Ethnic-Racial Relations (GENINHAS – GEPE/ERER), in particular the discussions held in the GENINHAS Study Group. Based on black epistemologies, this text aims to: debate the possibilities for the praxis of an Afro-centered curriculum based on the stories of black women in the carnival scenes in the city of Florianópolis, Santa Catarina. To this end, bibliographical and documentary research was carried out, in addition to semi-structured interviews with family members of our protagonist Geninha and with other black women involved in samba schools in Florianópolis. Through the (re)knowledge of these stories, trajectories, memories and narratives, we found that they can constitute themselves as members of a black culture that corroborates an Afro-centered curriculum perspective. However, such knowledge is not significantly addressed in everyday education. With this textual production, we aim to contribute to the implementation of anti-racist education.
Este artículo retrata reflexiones en el campo de la educación y las relaciones étnico-raciales, centrándose en cuestiones curriculares a través de las trayectorias, historias y memorias de mujeres negras. Está vinculado a los estudios y análisis del Colectivo GENINHAS – Grupo de Extensión, Investigación y Enseñanza en Educación de las Relaciones Étnico-Raciales (GENINHAS – GEPE/ERER), en particular las discusiones sostenidas en el Grupo de Estudio GENINHAS. Basado en epistemologías negras, este texto tiene como objetivo: debatir las posibilidades para la praxis de un currículo afrocéntrico a partir de las historias de mujeres negras en los escenarios del carnaval de la ciudad de Florianópolis, Santa Catarina. Para ello, se realizó una investigación bibliográfica y documental, además de entrevistas semiestructuradas con familiares de nuestra protagonista Geninha y con otras mujeres negras involucradas en escuelas de samba en Florianópolis. A través del (re)conocimiento de estas historias, trayectorias, memorias y narrativas, encontramos que pueden constituirse como miembros de una cultura negra que corrobora una perspectiva curricular afrocéntrica. Sin embargo, ese conocimiento no se aborda de manera significativa en la educación cotidiana. Con esta producción textual, pretendemos contribuir a la implementación de la educación antirracista.