Gênero na matemática escolar: um ato de resistência política

Ensino em Re-Vista

Endereço:
Avenida João Naves de Ávila 2121 - Bloco G - Santa Mônica
Uberlândia / MG
38400-902
Site: http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/index
Telefone: (34) 3239-4212
ISSN: 1983-1730
Editor Chefe: Fabiana Fiorezi de Marco
Início Publicação: 04/09/2017
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

Gênero na matemática escolar: um ato de resistência política

Ano: 2020 | Volume: 27 | Número: 3
Autores: E. V. Godoy, F. D. Musha, Y. C. Lima, M. A. da Silva
Autor Correspondente: E. V. Godoy | [email protected]

Palavras-chave: Gênero, Livro Didático, Matemática Escolar, Estudos Culturais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

De onde menos se poderia imaginar - aulas e livros de matemática – é possível discutir temas relacionados a gênero, subvertendo a lógica conservadora que busca abafar até a morte essas discussões. Sim, a matemática pode ser uma disciplina escolar estratégica para que a não-neutralidade dos currículos se manifeste colocando em movimento ações de contraconduta às relações de poder postas pelo conservadorismo de certas parcelas da sociedade brasileira. Por intermédio de alguns exemplos que apresentam resultados de investigações realizadas por pesquisadorxs de duas universidades públicas brasileiras, pretende-se responder à questão: O que pode um currículo de matemática, no que concerne às discussões sobre questões de gênero? Esses exemplos deveriam ser reverberados, sempre que possível, nos espaços escolar e de formação de docentes que ministram matemática intencionando experienciar situações em que a matemática possa conflitar em vez de consensuar, neste caso, a dominação masculina e o arquétipo submisso e recatado da mulher.



Resumo Inglês:

In an unexpected place - math's classes and books - it is possible to discuss gender issues, subverting the conservative logic that seeks to stifle these discussions. Yes, mathematics can be a strategic school discipline so that the non-neutrality of curriculum manifest, setting in motion counter-conduct actions to the power relations stablished by the conservatism of certain portions of Brazilian society. Through some examples that present the results of research carried out by researchers from two brazilian public universities, we intend to answer the question: What can a mathematics curriculum do, regarding discussions about gender issues? These examples should be reverberated, wherever possible, in the school and mathematics' teacher education, eith the intention to experience situations in which mathematics may conflict rather than consensus, in this case, with male domination and women's submissive and modest archetype.



Resumo Espanhol:

De donde menos podría imaginarse - clases y libros podrían imaginarse - es posible discutir asuntos relacionados al género, subvirtiendo la lógica conservadora que busca sofocar estas discusiones hasta la muerte. Sí, las matemáticas pueden ser una disciplina escolar estratégica para que la no-neutralidad de los planes de estudio se manifieste, colocando en marcha acciones de contraconducta a las relaciones de poder puestas por el conservadurismo de ciertas partes de la sociedad brasileña. Por intermedio de algunos ejemplos que presentan resultados de investigaciones llevadas a cabo por investigadores das universidades públicas brasileñas, se pretende responder a la cuestión: qué es lo que puede hacer un plan de estudios de matemáticas, con respecto a las discusiones sobre la cuestión de género? Esos ejemplos deberían ser reverberados, siempre que sea posible, en los espacios escolares y de formación de profesores que enseñan matemáticas, con la intención de experimentar situaciones en que las matemáticas puedan colocar en conflicto en vez de consensuar, en este caso, la dominación masculina y el arquetipo sumiso y recatado de la mujer.