Freud e Frankl: o ser humano entre o princípio do prazer e a vontade de sentido

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Freud e Frankl: o ser humano entre o princípio do prazer e a vontade de sentido

Ano: 2021 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: Francisco Antonio Francileudo, Lisieux D’Jesus Luzia de Araújo Rocha, José Carlos Miranda Moura
Autor Correspondente: F. A. Francileudo, L. D. J. A. Rocha | [email protected]

Palavras-chave: Frankl, Freud, princípio do prazer, vontade de sentido, valores.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo apresenta duas formas distintas de compreender o serhumano extremamente significativase influenciadoras no modo de concebê-lo na contemporaneidade. Em um parâmetro,temos a força motriz libidinal do ser humano segundo a psicanálise de Freud ede outro a vontade de sentido na óptica da análise existencial e logoterapia de Frankl. Esse estudo qualitativo com enfoque interpretativo tem por objetivo demonstrar, por meio da crítica de Frankl à concepção de ser humano de Freud, que o ser humano não se reduz a processos físicos ou psicológicos; já que no seu interior há uma potência de ser, um ser integral, que age e tem poder de decidir e de constituir seu mundo dando razões que contenham sentido. De modo que, no tocante às estruturas psíquicas como parte da estrutura subjetiva, grande é a descoberta de Freud doinconscientecomo um espaço não físico no qual se armazenam conteúdos psíquicos. Contudo, acredita Frankl que o inconsciente podedelinear,moldar, mas não determinar a subjetividade. A liberdade do ser humano faz com que ele tenha a capacidade de posicionar-se diante das situações, não se reduzindo a nenhuma categoriapsíquica, conforme explicita Frankl na ontologia dimensional, compreendendo o homem aberto, imbuído da dimensão espiritual a qual não pode ser negada, levando o sujeito a autodeterminar-se.



Resumo Inglês:

This study presents two distinct ways of understanding the human being, which are extremely significant and influencing the way they are conceived in contemporary times. In one parameter, we have the libidinal driving force of the human being according to Freud’s psychoanalysis, and in the other, the will for meaning in the perspective of Frankl’s existential analysis and logotherapy. This qualitative study with an interpretive approach aims to demonstrate, through Frankl’s criticism of Freud’s conception of the human being, that the human being is not reduced to physical or psychological processes; since in its interior there is a power of being, an integral being, which acts and has the power to decide and to constitute its world, giving reasons that contain meaning. So, regarding psychic structures as part of the subjective structure, Freud’s discovery of the unconscious as a non-physical space in which psychic contents are stored is great. However, Frankl believes that the unconscious can delineate, shape, but not determine subjectivity. The freedom of the human being gives him the ability to take a stand in situations, not reducing himself to any psychic category, as Frankl explains in the dimensional ontology, comprising the open man, imbued with the spiritual dimension which cannot be denied, leading the subject to self-determination.