Evolução da Linha de Costa da Praia do Iguape, Aquiraz, Ceará, Brasil

Revista Brasileira de Geografia Física

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Início Publicação: 30/04/2008
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Evolução da Linha de Costa da Praia do Iguape, Aquiraz, Ceará, Brasil

Ano: 2014 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: M. R. Moura, J. C. de Abreu Neto
Autor Correspondente: M. R. Moura | [email protected]

Palavras-chave: linha de costa, geoprocessamento, praia do Iguape, uso e ocupação, processos erosivos.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta pesquisa buscou por meio de métodos diretos e indiretos analisar a evolução da linha de costa da praia do Iguape, no litoral do município de Aquiraz, identificando os processos erosivos atuantes na área no período de 2004 a 2012. Localizada a aproximadamente 28 km de Fortaleza, a praia do Iguape possui diversos usos, seja para atividades turísticas, seja para atividades tradicionais como a pesca por jangadas. Contudo, devido ao aceleramento da urbanização e de áreas de lazer, iniciadas na década de 1970 em ambientes de faixa praial e campo de dunas, a paisagem local passou a mudar tornando este espaço geográfico um ambiente de tensão ambiental. Estas mudanças provocaram alteracões na morfodinâmica e hidrodinâmica da área, que passou a experimentar processos erosivos, atribuído ao recuo da linha de costa e a diminuição do suporte sedimentar com a ocupação de dunas. Por conseguinte, muros residenciais, barracas, restaurantes e estruturas de proteção foram destruídos pela ação das ondas na área. Diante disso, através de monitoramento da morfodinâmica e da hidrodinâmica e de estudos de geoprocessamento na análise de (re)ordenamento, caracterização física e processos de uso e ocupação do espaço, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a evolução dos processos erosivos na praia do Iguape. A metodologia contemplou pesquisa bibliográfica, trabalhos de campo e laboratório utilizando materiais específicos e imagens aéreas dos anos de 2004, 2009 e 2011. Verificou-se que os problemas costeiros como o avanço do mar, fortes ondas, destruição de dunas móveis e a diminuição da faixa praial provocaram a erosão pontual que ocasionou na destruição dos estabelecimentos localizados na faixa praial e pós-praia, atingindo um recuo de média de -0,76 m/ano, acarretando no recuo de 6,08 m nos últimos oito anos.