Evolução da Linha de Costa da Praia do Iguape, Aquiraz, Ceará, Brasil
Revista Brasileira de Geografia Física
Evolução da Linha de Costa da Praia do Iguape, Aquiraz, Ceará, Brasil
Autor Correspondente: M. R. Moura | [email protected]
Palavras-chave: linha de costa, geoprocessamento, praia do Iguape, uso e ocupação, processos erosivos.
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Resumo Português:
Esta pesquisa buscou por meio de métodos diretos e indiretos analisar a evolução da linha de costa da praia do Iguape, no litoral do municÃpio de Aquiraz, identificando os processos erosivos atuantes na área no perÃodo de 2004 a 2012. Localizada a aproximadamente 28 km de Fortaleza, a praia do Iguape possui diversos usos, seja para atividades turÃsticas, seja para atividades tradicionais como a pesca por jangadas. Contudo, devido ao aceleramento da urbanização e de áreas de lazer, iniciadas na década de 1970 em ambientes de faixa praial e campo de dunas, a paisagem local passou a mudar tornando este espaço geográfico um ambiente de tensão ambiental. Estas mudanças provocaram alteracões na morfodinâmica e hidrodinâmica da área, que passou a experimentar processos erosivos, atribuÃdo ao recuo da linha de costa e a diminuição do suporte sedimentar com a ocupação de dunas. Por conseguinte, muros residenciais, barracas, restaurantes e estruturas de proteção foram destruÃdos pela ação das ondas na área. Diante disso, através de monitoramento da morfodinâmica e da hidrodinâmica e de estudos de geoprocessamento na análise de (re)ordenamento, caracterização fÃsica e processos de uso e ocupação do espaço, a presente pesquisa teve como objetivo caracterizar a evolução dos processos erosivos na praia do Iguape. A metodologia contemplou pesquisa bibliográfica, trabalhos de campo e laboratório utilizando materiais especÃficos e imagens aéreas dos anos de 2004, 2009 e 2011. Verificou-se que os problemas costeiros como o avanço do mar, fortes ondas, destruição de dunas móveis e a diminuição da faixa praial provocaram a erosão pontual que ocasionou na destruição dos estabelecimentos localizados na faixa praial e pós-praia, atingindo um recuo de média de -0,76 m/ano, acarretando no recuo de 6,08 m nos últimos oito anos.