EU RESPEITO O SEU AMÉM, MAS VOCÊ RESPEITA O MEU AXÉ? A PRESENÇA (DES)OCULTA DO RACISMO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
Revista Em Favor de Igualdade Racial
EU RESPEITO O SEU AMÉM, MAS VOCÊ RESPEITA O MEU AXÉ? A PRESENÇA (DES)OCULTA DO RACISMO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
Autor Correspondente: Maritana Drescher da Cruz | [email protected]
Palavras-chave: ensino religioso, racismo religioso na escola, preconceito religioso
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Neste estudo, buscamos refletir sobre racismo religioso no ambiente escolar, a disseminação do preconceito em relação às religiões de matriz africana e o papel da disciplina de Ensino Religioso para uma construção de cultura de paz, embasada no conhecimento e no respeito à diversidade religiosa. Entendemos que há inúmeros ecos do preconceito religioso que afloram nas falas, constantemente influenciadas pelo senso comum, de discentes, e por vezes docentes, a respeito das religiões de matriz africana. Nosso papel aqui é, no entanto, questionar a segurança, em todos os aspectos, de discentes que pertencem a essas matrizes religiosas, sobretudo a Umbanda e o Candomblé, para isso, foi realizada uma pesquisa etnográfica, composta por técnicas e procedimentos de coletas de dados com base em uma prática de campo vivenciada pelas pesquisadoras, como procedimentos, foram realizadas observações diretas e entrevista semiestruturada. No ambiente escolar, são inúmeros os discentes que são submetidos à violência simbólicade seus pares durante a sua experiência escolar. A sociedade brasileira como um todo e, em particular a escola, precisa trabalhar a diversidade cultural e humana dentro de uma radicalidade pedagógica que propicie um espaço no qual todos e todas se reconheçam e se respeitem mútua e incondicionalmente nas suas etnopluralidades.
Resumo Inglês:
In this study, we reflect on religious racism in the school environment, the spread of prejudice in relation to religions of African origin and the role of the discipline of Religious Education for the construction of a culture of peace, based on knowledge and respect for religious diversity. We understand that there are countless echoes of religious prejudice that emerge in the speeches, constantly influenced by the common sense, of students, and sometimes teachers, regarding religions of African origin. Our role here, however, is to question the safety, in all aspects, of students who belong to these religious backgrounds, especially Umbanda and Candomblé,for this, an ethnographic research was carried out, consisting of techniques and procedures for data collection based on a field practice experienced by the researchers, such as procedures, direct observations and semi-structured interviews were carried out. In the school environment, there are countless students who are subjected to the symbolic violence of their peers during their school experience. Brazilian society as a whole, and in particular the school, needs to work on cultural and human diversity within a pedagogical radicalism that provides a space in which everyone recognizes and respects each other and unconditionally in their ethno-pluralities.
