EU (NÃO) SOU UM ROBÔ? ELEMENTOS PARA PENSAR O SUJEITO NAS REDES SOCIAIS

Série-Estudos

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ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

EU (NÃO) SOU UM ROBÔ? ELEMENTOS PARA PENSAR O SUJEITO NAS REDES SOCIAIS

Ano: 2020 | Volume: 25 | Número: 55
Autores: Diene Eire de Mello, Marta Furlan de Oliveira
Autor Correspondente: Diene Eire de Mello | [email protected]

Palavras-chave: redes sociais; adaptação; sujeito; cultura digital.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio objetiva refletir, urdido pelos fundamentos críticos da sociedade, a respeito da constituição do sujeito no contexto das redes sociais. De modo particular, pensar esses impactos no processo de rompimento das fronteiras protetoras do indivíduo nessa terra comum. Nesse sentido, a metodologia é de cunho bibliográfico com estudo sobre autores como Batelle (2006), Colbo (2018), Türcke (2010), Zuin (1999; 2014) e outras leituras. Como discussão teórica, o exercício reflexivo é o de evidenciar o domínio opressivo da semiformação mediada pelas redes sociais, uma vez que, com suas produções destinadas ao público (de menor à maior idade), têm estimulado, sugerido, delineado e determinado formas de existência social e individual que direcionam para a reprodução e adaptação dos sujeitos sociais, bem como de seus devires e realidades. Em relação a essa dinâmica, podemos inferir que a cultura digital potencializa a fusão entre o ser humano e a máquina ao ponto de produzir indivíduos “robôs” que são controlados por meio de impulsos elétricos emitidos por chips conectados aos cérebros. Diante disso, tornase imprescindível analisar o modo como as redes sociais redirecionam os sujeitos e suas relações com outros indivíduos em tempos da chamada cultura digital. Os resultados apontam para a possibilidade, pela autorreflexão, da tomada de consciência desse cenário, e permite-nos novos olhares para além das telas da informação e comunicação, no sentido de pensarmos em novos direcionamentos de “ser e estar” no mundo.



Resumo Inglês:

This essay aims to reflect, based on the critical foundations of society, on the constitution of the subject in the context of social networks. In particular, to think about these impacts in the process of breaking the protective frontiers of the individual in this common. In this sense, the methodology is bibliographical with study in authors such as Batelle (2006), Colbo (2018), Türcke (2010), Zuin (1999; 2014), and other readings. As a theoretical discussion, the reflexive exercise is to highlight the oppressive dominance of semi-mediation mediated by social networks, since with its productions aimed at the public (from younger to older) they have stimulated, suggested, delineated, and determined forms of social existence and individual that directs towards the reproduction and adaptation of the social subjects, as well as their devices and realities. On these dynamics, we can infer that digital culture potentiates the fusion between the human being and the machine to the point of producing “robots” individuals that are controlled by means of electrical impulses emitted by chips connected to the brains. Therefore, it is essential to analyze how social networks redirect individuals and their relationships with other individuals in times of called digital culture. The results point to the possibility, by self-reflection, of awareness of this scenario, and it allows us to look beyond the screens of information and communication, in the sense of thinking about new directions of “being and to be” in the world.



Resumo Espanhol:

Este ensayo posee el objetivo de reflexionar, basado por los fundamentos críticos de la sociedad, acerca de la constitución del sujeto en el contexto de las redes sociales. De modo particular, pensar sobre esos impactos en el proceso de ruptura de las fronteras protectoras del individuo en ese espacio común. En este sentido, la metodología es de cuño bibliográfico con estudio en autores como Batelle (2006), Colbo (2018), Türcke (2010), Zuin (1999;2014) y otras lecturas. Como discusión teórica, la actividad reflexiva es de evidenciar el dominio opresivo de la información incompleta por mediación de las redes sociales, pues las producciones destinadas al público (con edades distintas, de los más jóvenes a los más ancianos) tienen estimulado, sugerido, trazado y determinado las formas de existencia social e individual que encabeza la reproducción y adaptación de los sujetos sociales, así como sus cambios y sus realidades. Acerca de esa dinámica, podemos deducir que la cultura digital potencializa la fusión entre el ser humano y la máquina al punto de producir individuos “robots” que son manejados por los impulsos eléctricos lanzados por chips conectados a los cerebros. Frente a eso, es imprescindible analizar el modo que las redes sociales establecen redirecciones a los sujetos y sus relaciones con otros individuos en el tiempo de la llamada cultura digital. Los resultados indican la posibilidad, por la autorreflexión, de la toma de consciencia de ese escenario, y nos permite nuevas miradas más allá de las pantallas de información y comunicación, en la perspectiva de pensar en nuevos direccionamientos de “ser y estar” en el mundo.