Entre o cuidado integral à saúde e a fixação ao território: o caso dos usuários nômades em uma estratégia de saúde da família
Revista Jovens Pesquisadores
Entre o cuidado integral à saúde e a fixação ao território: o caso dos usuários nômades em uma estratégia de saúde da família
Autor Correspondente: B. Hillesheim | [email protected]
Palavras-chave: polÃticas públicas de saúde, inclusão, produção de subjetividades, nomadismo
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Resumo Português:
Introdução: As polÃticas públicas de saúde se organizam a partir do pressuposto da territorialidade, buscando a inclusão de usuários mediante estratégias consideradas mais adequadas para cada território. Assim, aqueles que não se enquadram na lógica de fixação, como os nômades, desafiam o parâmetro “saúde para todos†proposto pelo Sistema Único de Saúde. Objetivo: Objetiva-se apresentar as discussões realizadas na pesquisa A saúde e a lógica de inclusão: entre o território e os nômades, a qual investiga as formas pelas quais se constroem as noções de território e inclusão no campo da saúde. Metodologia: Foi utilizado o método cartográfico, conforme as teorizações de Deleuze e Guattari. A produção de dados foi realizada a partir de observações participantes no cotidiano de uma Estratégia de Saúde da FamÃlia, no municÃpio de Santa Cruz do Sul. Principais resultados: Verificou-se que a transitoriedade das pessoas é um problema para as equipes de saúde, implicando, algumas vezes, na fragilização da vinculação e do cuidado dos mesmos. Conclusão: Entende-se que as polÃticas públicas, através de suas estratégias de controle e governamento, se constituem como um dispositivo de produção de novas subjetividades. Logo, aqueles que não se ajustam aos modos mais adequados de ser usuário, desafiam as maneiras de se trabalhar e produzir saúde.