Efeitos da corrupção nas bolsas de valores na Crise Financeira de 2008

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ISSN: 1982-6486
Editor Chefe: Flávia Zóboli Dalmacio
Início Publicação: 01/12/2007
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Efeitos da corrupção nas bolsas de valores na Crise Financeira de 2008

Ano: 2019 | Volume: 13 | Número: Especial
Autores: Ronaldo dos Santos Alves Rodrigues, Ademir Clemente
Autor Correspondente: Ronaldo dos Santos Alves Rodrigues | [email protected]

Palavras-chave: Corrupção, Crise Financeira de 2008, Corrupção Institucional

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo é averiguar se os níveis diferenciados de corrupção se refletiram no comportamento das bolsas de valores ao redor do Mundo na Crise Financeira de 2008. A Teoria da Escolha Institucional indica que se generalizaram práticas financeiras proporcionadoras de grandes ganhos, as quais escondiam elevado risco, no período anterior à Crise. Foram utilizadas informações da Transparency International e do Banco Mundial sobre a corrupção percebida e o nível de governança para uma amostra final de 56 (cinquenta e seis) países. Para esses países, foi identificada a principal bolsa de valores e, para cada uma, o principal índice de bolsa, cujas cotações diárias de final de pregão foram levantadas para o período de 2007 a 2009. Os principais resultados evidenciam que em países com maior corrupção percebida e menor governança a Crise Financeira de 2008 acarretou maior queda acumulada das bolsas de valores, seguida de quebra estrutural mais profunda, aumento da volatilidade e menor previsibilidade da queda. Conclui-se que, de modo geral, os efeitos da Crise Financeira de 2008 foram diferenciados conforme o nível de corrupção percebida e de governança, sendo mais graves nos países em que a corrupção se apresentava mais institucionalizada.