Educação do campo e políticas educacionais: avanços, contradições e retrocessos

Revista Educação e Políticas em Debate

Endereço:
Avenida João Naves de Ávila 2121 - Santa Mônica
Uberlândia / MG
38400-902
Site: http://www.seer.ufu.br/index.php/revistaeducaopoliticas/issue/view/2022
Telefone: (34) 9841-9309
ISSN: 2238-8346
Editor Chefe: Maria Vieira Silva
Início Publicação: 30/07/2012
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Educação do campo e políticas educacionais: avanços, contradições e retrocessos

Ano: 2018 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Maria do Socorro Silva
Autor Correspondente: Maria do Socorro Silva | [email protected]

Palavras-chave: Educação do Campo, Política Educacional do Campo, Movimento da Educação do Campo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem como finalidade refletir sobre como a luta por uma política de Educação do Campo, emerge no Brasil, nos últimos 20 anos, como uma estratégia fundante do Movimento da Educação do Campo. Este Movimento que nasceu na contraposição ao modelo de sociedade gerador de assimetrias sociais, políticas e econômicas que marca a história passada e presente do Brasil, e que se posiciona de forma crítica contra o modelo de escola precarizada e descontextualizada que se implantou no campo brasileiro. A abordagem dialética orientou o processo investigativo que teve na análise documental e na revisão de literatura procedimentos fundamentais para construção deste texto. A contradição posta pelo Estado como instrumento de regulação do capital gerou ao longo destes anos um tensionamento na materialização das políticas e programas reivindicados pelo Movimento da Educação do Campo, especialmente neste momento de retrocessos e recuos nos direitos sociais em nosso País, todavia, identificamos conquistas nas práticas educativas, na articulação da diversidade dos sujeitos do campo, das águas e da floresta na luta contra a opressão e pela afirmação de uma territorialização da agricultura familiar e agroecológica

Resumo Inglês:

he current article aims to make a reflection how a policy for Field Education, rises on Brazil, in last 20 years, as a founder strategy of the Field Education Movement. This Movement has emerged against the society model that reproduces social, political and economic asymmetries which marks the past and present Brazil history, and displays a critical position against the precarious and decontextualized school model implemented in Brazilian country. The dialetic approach guided the investigative process that had in the documentary analysis and in the literature review fundamental procedures for the construction of this text. The contradiction posed by the State as an instrument of capital regulation, has generated over the years a tension in the materialization of the policies and programs claimed by the Field Education Movement, especially at this moment of retreats and returns in social rights in our Country. However, we identify achievements in educational practices, in the articulation of the diversity ofrural, water and forest subjects in the fight against oppression and by the affirmation of a territorialization of family and agroecological agriculture

Resumo Francês:

Cet article vise à réfléchir sur la façon dont la lutte pour une politique de l ́Éducation du champ aémergé au Brésil au cours des 20 dernières années en tant que stratégie fondatrice du Mouvement pour l'Éducation du champ. Ce mouvement est né en opposition au modèle de société qui génère des asymétries sociales, politiques et économiques qui marquent l'histoire passée et présente du Brésil; au même temps, il se positionne de manière critique contre le modèle scolaire précaire et décontextualisé implanté dans la campagne brésilienne. L'approche dialectique a guidé le processus d'enquête, en particulier dans l'analyse documentaire et la revue de la littérature, des procédures fondamentales dans la construction de ce texte.La contradiction posée par l'État en tant qu'instrumentde régulation du capital a généré au cours des années une tension dans la matérialisation des politiques et des programmes revendiqués par le Mouvement de l'Éducation du Champ, notamment en ce moment de revers et reculs des droits sociaux dans notre pays. Cependant, nous avons identifié des réussites dans les pratiques éducatives, dans l'articulation de la diversité des sujets paysans, de l'eau et de la forêt dans la lutte contre l'oppression et par l'affirmation d'une territorialisation de l'agriculture familiale et agroécologique