Direitos e fé nas trajetórias de Benedita da Silva e Mônica Francisco: mulheres negras faveladas evangélicas e ideologia (anti)gênero

Revista Nupem

Endereço:
Avenida Comendador Norberto Marcondes, 733 - Centro
Campo Mourão / PR
87303-100
Site: https://periodicos.unespar.edu.br/index.php/nupem
Telefone: (44) 3518-1874
ISSN: 2176-7912
Editor Chefe: Frank Antonio Mezzomo
Início Publicação: 31/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Direitos e fé nas trajetórias de Benedita da Silva e Mônica Francisco: mulheres negras faveladas evangélicas e ideologia (anti)gênero

Ano: 2022 | Volume: 14 | Número: 33
Autores: Monalisa Pereira Santos, Lidyane Maria Ferreira de Souza
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]

Palavras-chave: Mulheres negras evangélicas, Política, Ideologia antigênero, Racismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A mobilização política da identidade evangélica tem sido associada ao conservadorismo e, especialmente, à ideologia antigênero. Como a maioria da população evangélica é composta por mulheres negras e periféricas, neste artigo investigamos se o pertencimento religioso determina seus posicionamentos e atuações políticas, a partir das trajetórias das parlamentares Benedita da Silva e Mônica Francisco, especificamente quanto a duas pautas daquela ideologia: ataques a direitos de pessoas LGBTI e ao direito ao aborto. Conduzimos uma pesquisa bibliográfica e documental e concluímos que elas não promovem a ideologia antigênero. Ademais, seu pertencimento religioso compõe arranjos e repertórios junto a outros pertencimentos identitários e coletivos (movimentos) – mulheres, negras, faveladas – que informam seu lugar no mundo e seus compromissos políticos. Apontamos o racismo na homogeneização de pessoas negras e sugerimos abertura científica para o reconhecimento de diferentes formas de agência por mulheres negras evangélicas.



Resumo Inglês:

The political mobilization of the evangelical identity has been associated with conservatism and especially with anti-gender ideology. Since black and peripheral women are the majority among evangelicals, we investigate whether religious belonging determines their political views and actions, based on the trajectories of legislators Benedita da Silva and Mônica Francisco, with special regard to two elements of that ideology: attacks on the rights of LGBTI people and abortion rights. We conducted bibliographical and documentary research and concluded that these legislators do not promote such ideology. Additionally, their religious belonging composes arrangements and repertories along with other identity and collective affiliations (movements) – black women from the favela – that inform their place in the world and their political commitments. We highlight the racist homogenization of black people and suggest scientific openness to the identification of different forms of agency by black evangelical women.



Resumo Espanhol:

La movilización política de la identidad evangélica ha sido asociada al conservadurismo y, especialmente, a la ideología anti género. La mayoría de la población evangélica está compuesta por mujeres negras y periféricas. En este artículo investigamos si la pertenencia religiosa determina sus posiciones y acciones políticas, a partir de las trayectorias de las parlamentarias Benedita da Silva y Mónica Francisco, específicamente en relación a dos agendas de esa ideología: los ataques a los derechos de las personas LGBTI y al derecho al aborto. Conducimos una pesquisa bibliográfica y documental e concluimos que éstas no promueven la ideología anti género y que su pertenencia religiosa compone arreglos y repertorios junto a otras pertenencias identitarias y colectivas (movimientos) – mujeres, negras, faveladas – que informan su lugar en el mundo y sus compromisos políticos. Señalamos el racismo en la homogeneización de las personas negras y sugerimos la apertura científica al reconocimiento de diferentes formas de agencia por parte de las mujeres negras evangélicas.